Bruce Springsteen vendeu as gravações originais e os direitos de publicação do trabalho da sua vida artística à Sony, por cerca de 441 milhões de euros.
O acordo dá à Sony a propriedade dos seus 20 álbuns de estúdio, incluindo clássicos como "Born To Run", "The River" e "Born In The USA", de acordo com vários relatórios americanos.
Vencedor de Grammys por 20 vezes, a música de Springsteen gerou perto de 13,3 milhões de euros em receitas no ano passado.
O negócio levado a cabo com a Sony segue o exemplo de vendas semelhantes, como as de Bob Dylan (ao Universal Music Group, por 265 milhões de euros), Blondie e David Bowie (à Warner Music).
O objetivo dos compradores é a obtenção de receitas pela licença das músicas para filmes e séries de televisão, mercadorias, entre outros.
De acordo com a Billboard, este será o negócio mais caro de sempre deste género,
Contudo, ainda nenhum anúncio público foi feito sobre a venda, e os representantes da Sony e de Springsteen não responderam imediatamente às perguntas da BBC.
Springsteen é um dos músicos de rock mais bem-sucedidos de todos os tempos e gravou com a Columbia Records, da Sony, durante toda a sua carreira.
Nascido e criado em Nova Jersey, disse uma vez que pretenderia fazer um álbum com palavras como Bob Dylan, soando como Phil Spector e onde cantaria como Roy Orbison.
A sua reputação foi cimentada em 1974, quando o crítico musical Jon Landau fez escreveu sobre um dos seus shows em Boston.
"Vi o futuro do Rock and Roll e o seu nome é Bruce Springsteen. Numa noite em que eu precisava de me sentir jovem, ele fez-me sentir como se estivesse a ouvir música pela primeira vez", escreveu na altura.
A descoberta comercial de Springsteen veio no ano seguinte, com o álbum de sucesso "Born To Run".
Recebido por críticas entusiasmadas, vendeu nove milhões de cópias e apareceu nas capas da revista "Time" e "Newsweek" na mesma semana.
O seu maior sucesso foi "Born In The USA", de 1985, que vendeu 15 milhões de cópias nos Estados Unidos e 30 milhões em todo o mundo.
Depois de tão grande sucesso, afastou-se dos seus companheiros de longa data, os "E Street Band", e os álbuns subsequentes variaram em qualidade, enquanto o seu casamento com a atriz Julianne Phillips terminou em divórcio depois de a estrela se apaixonar pela sua cantora de apoio (e atual esposa), Patti Scialfa.
Na década de 1990, ganhou um Oscar, sendo que o seu álbum de 1995 liderou os tops, vendendo quatro milhões de cópias.
Depois de reunir novamente a E Street Band na entrada dos anos 2000, Springsteen entrou numa onda de criatividade que ainda está para desaparecer - com destaques, incluindo "The Rising" em 2002 (uma resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro), "Wrecking Ball" em 2012 e "Western Stars" em 2019.
Foi ainda indicado para o "Rock Hall of Fame" em 1999, e tocou no intervalo da Super Bowl em 2009.
Mais recentemente, o ator de 72 anos lançou a sua autobiografia, também intitulada "Born To Run".
O seu último álbum, "Letter To You", foi lançado em 2020.