Cultura

Coleção Ellipse e coleção do BPP vão ser adquiridas pelo Estado

Coleção Ellipse e coleção do BPP vão ser adquiridas pelo Estado
ESTELA SILVA/Lusa

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro António Costa.

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O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta terça-feira que a Coleção Ellipse e a Coleção BPP vão passar para a tutela pública, por via de uma troca de créditos, no valor de 34,86 milhões de euros, junto da comissão liquidatária do BPP, do banqueiro João Rendeiro (1952-2022), que faliu.

As duas coleções passam a fazer parte da Coleção de Arte Contemporânea do Estado. Inicialmente, o Governo tinha previsto apenas a incorporação da Coleção Ellipse, mas foi decidido estender a operação também à coleção do BPP, que está depositada na Fundação de Serralves, no Porto, e no Banco de Portugal.

Com a incorporação da coleção Ellipse (860 obras de arte) e da coleção BPP (385 obras), a Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE) passará a ter 3.146 obras de arte portuguesa e estrangeira dos séculos XX e XXI.

Coleção Ellipse, que ficará sediada no CCB

A coleção Ellipse foi constituída no período situado entre 2004 e 2008. “Integram a coleção 860 obras de 175 artistas, nacionais e internacionais, com núcleos autorais extremamente significativos constituídos pelas suas obras mais relevantes produzidas no período de enfoque da coleção, que se situa entre 1990 e 2007”.

Entre as obras encontram-se nomes como os de Félix Gonzalez-Torres, Nan Goldin, Dan Graham, James Coleman, Raymond Pettibon, Doris Salcedo, Franz West, Rodney Graham, Mona Hatoum, Sophie Calle, Jimmie Durham, Fischli & Weiss, Rober Gober, William Kentridge, Stan Douglas, Gabriel Orozco, Douglas Gordon, Pierre Huyghe, Eila-Liisa Ahtila, Steve McQueen, Gillian Wearing, Sara Lucas ou Wolfgang Tillmans.

Coleção BPP, que ficará sediada em Serralves

A Coleção do Banco Privado Português (Coleção BPP) foi constituída no período entre 1996 e 2008 e integra 385 obras de 153 autores. Esta coleção resulta da fusão de aquisições dirigidas à Instituição e de um grupo de obras destinadas à Fundação de Serralves. Da coleção fazem parte obras de artistas portugueses e internacionais, sendo composto por trabalhos de diferente suporte, maioritariamente numa representação equilibrada de pintura (146) e desenho

Há ainda obras de escultura e instalação (36), tapeçaria (2), vídeo (8) e fotografia (29).

Recorde-se que em maio passado, o ministro da Cultura anunciou a denúncia do protocolo entre o Estado e a colecionador e empresário José Berardo - com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2023 -, a extinção Fundação de Arte Moderna e Arte Contemporânea - Coleção Berardo, a intenção de aquisição da Coleção Ellipse e a criação de um museu de arte contemporânea; tudo isto para o espaço expositivo do Centro Cultural de Belém.

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