Cultura

Artistas artistas latino-americanos e portugueses expõem obras sobre equilíbrio ecológico

A exposição pode ser visitada até setembro em Évora, depois estará patente em Lisboa.

Artistas artistas latino-americanos e portugueses expõem obras sobre equilíbrio ecológico
Facebook/Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo

Uma exposição coletiva com obras de 12 artistas latino-americanos e portugueses que defendem o equilíbrio ecológico do planeta é inaugurada este sábado, no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora.

Intitulada "Devir Paisagem", a mostra, indicou o museu alentejano, é organizada pelo espaço, pela empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP) e pela plataforma brasileira Labverde, ficando patente ao público até 25 de setembro.

Cristina Ataíde, Liana Nigri, Luzia Simons, Marcelo Moscheta, Marlon Wirawasu, Moara Tupinambá, Patrícia Bárbara (Boneca Conceptual), Pedro Vaz, Renata Cruz, Renata Padovan, Tatiana Arocha e Vera Mantero são os artistas participantes.

Segundo os promotores, a exposição, com curadoria de Lilian Fraiji, vai contemplar trabalhos de "diversas técnicas e expressões" criados por "artistas que resistem ao Antropoceno e defendem novas políticas de existência".

"Devir Paisagem apresenta um conjunto de práticas artísticas onde se exprime a noção expandida de natureza e do pensamento ambiental, explorando a construção de novas realidades sensíveis em diálogo, com as teorias pós-coloniais, feministas e biocentradas", realçaram.

Em declarações à agência Lusa, a diretora do museu, Sandra Leandro, explicou que os artistas abordam as suas preocupações com a natureza e o ambiente através de várias expressões artísticas, como pintura, escultura, instalação e fotografia.

Esta exposição vai ocupar a sala de exposições temporárias do museu alentejano.

De acordo com o Labverde, depois de Évora, a mostra seguirá para Lisboa.

Para os promotores, os artistas representados na mostra apresentam uma visão que "considera os diferentes seres vivos e não vivos como agentes de transformação do planeta".

"Nesse sentido, Devir Paisagem é um campo de possibilidades, onde a paisagem não é determinada pelos aspetos geográficos da natureza, nem pela cultura humana, mas é fruto da justaposição do artista e da vida que o habita", vincaram.

"A paisagem aqui é composição, espaço que se constrói de forma coletiva, entrelaçamento entre as construções cognitivas, culturais, biológicas e geológicas, entre a multiplicidade de seres e espaços que ocupam a terra", acrescentaram.

Criado em 2013, o Labverde é uma plataforma transdisciplinar baseada na floresta Amazónica, no Brasil, que se dedica ao desenvolvimento de linguagens artísticas sobre o meio ambiente e produção e democratização de conhecimentos, através da organização de residências artísticas, palestras, exposições, festivais, 'workshops' e publicações.