Cultura

Comemorações dos 500 anos de Camões: o poeta "não é propriedade de um regime político"

As celebrações dos cinco séculos de Luís de Camões, que arrancam já a 10 de junho, vão estender-se por mais dois anos. O atual Governo acusa o anterior executivo de ter falhado na programação e orçamento.

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O primeiro-ministro destaca a obra de Camões e defende que o poeta não é, nem poderá ser, propriedade política. O governo quer celebrar os 500 anos de Luís de Camões divulgando a obra do escritor junto dos jovens, ao longo dos próximos dois anos.

“Celebrar Camões no século XXI é fazê-lo com humildade, e com humildade democrática, diante da sua grandeza e da obra que nos legou”, afirmou Luís Montenegro, esta quarta-feira, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, durante a sessão de apresentação da programação das comemorações do quinto centenário do nascimento de Camões.

O chefe de Governo sublinhou não querer, por isso, celebrar o poeta “de um modo passadista ou saudosista”, mas também rejeitou “modernizá-lo em termos anacrónicos ou falsificadores da verdade histórica”.

"Camões não é, nunca poderá ser, propriedade de um concreto regime político”, declarou Luís Montenegro.

As cerimónias de comemoração dos 500 anos de Luís de Camões terão início na próxima segunda-feira, 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Celebrações com farpas ao anterior governo

Na apresentação das “linhas de programação” das comemorações, a nova ministra da Cultura justificou o calendário destas comemorações, entre 10 de junho de 2024 e 10 de junho de 2026, com mais um ano do que o previsto, com o objetivo de "ultrapassar a pesada herança deixada pelo anterior Governo" nesta matéria.

Dalila Rodrigues imputou ao anterior executivo do PS uma "ausência de programação e de orçamento" destinado a estas comemorações.

As celebrações vão agora assentar “em três eixos”: cívico-cultural, de investigação e educativo.

Com Lusa