Luís Vasconcelos lançou o livro "Vinil", que recupera fotografias que tirou nas décadas de 70 e 80, de concertos e artistas. A também fotojornalista Ana Baião editou "10 anos de Cante", para assinalar o décimo aniversário desde que foi declarado património da UNESCO.
A fotojornalista Ana Baião lança o terceiro livro sobre o cante, no décimo aniversário como Património Cultural e Imaterial da Humanidade pela Unesco e vai às raízes. As mulheres que cantavam no campo só tiveram liberdade para criar grupos corais no pós 25 de Abril. Para os homens, a taberna era o palco privilegiado.
A vitalidade do cante revela-se nos artistas de outros géneros musicais que o convocam ou nas camadas mais jovens que o querem aprender e nos espaços
Nas igrejas, ouve-se o cante religioso, como o cante ao menino, típico da quadra natalícia. No estabelecimento prisional de Beja, há um grupo coral, uma tradição do Baixo Alentejo que também se divulga lá fora.
Em Vinil, Luís Vasconcelos propõe uma viagem ao tempo em que o CD e as plataformas digitais não existiam, com fotografias de artistas e de concertos.
Captou Rui Veloso nas Docas, para o semanário "Rock Week". A foto seria escolhida para a capa do 1º disco "Ar de Rock", de 1980.
A fotografia de José Mário Branco, de 1973, é a mais antiga. Foi tirada em Paris, onde Luís Vasconcelos estava exilado. Em 1975, captou Amália em Lisboa, na marcha pela liberdade de expressão.
A ligação de Luís Vasconcelos à música é partilhada através de imagens que são uma memória de outros tempos.