Cultura

200 anos de Camilo Castelo Branco, o consagrado escritor que foi o primeiro a viver da literatura

Assinala-se este domingo os 200 anos da morte de Camilo Castelo Branco. Autor de clássicos, foi o primeiro escritor a viver da literatura.

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Camilo Castelo Branco já foi representado e tantas vezes as obras do escritor, nome maior do romantismo, foram interpretadas. Mistérios de Lisboa foi o segundo romance do escritor. Data de 1854. 

Nasceu no Bairro Alto, em Lisboa. Órfão de mãe e pai, na infância, foi viver com uma tia para Vila Real. A perda marcá-lo-ia para sempre e transpôs  para a escrita. Os amores proibidos e as desigualdades sociais também foram temas explorados por Camilo Castelo Branco que se tornou o primeiro autor a conseguir viver da escrita e se estreou na Literatura em 1851 com "Anátema”. 

A viúva do Enforcado, a série que foi exibida na SIC, baseia-se no livro do escritor, que tem em Amor de Perdição, a obra prima que tantas vezes foi adaptada no cinema e a que Manoel de Oliveira não resistiu. Mário Barros adaptou-a aos tempos modernos

A obra  publicada em 1862 foi escrita em 15 dias, quando o escritor esteve preso na Cadeia da relação do Porto, acusado de adultério, tal como Ana Plácido, na altura casada. Estiveram detidos um ano.

O amor dos dois é representado numa estátua que criou polémica em 2023, entre quem a apelidava  de "desgosto estético" e criou  uma petição e quem a defendia. Acabou por se manter no Largo do amor de perdição no Porto.

Camilo Castelo Branco, recebeu o título de Visconde concedido pelo rei de Portugal, D. Luís I e foi homenageado pela Academia de Lisboa. Aos 65 anos, com problemas de saúde e cego, pôs termo à vida, em Seide, no distrito de Braga, onde existe atualmente uma casa-museu.