Os 30 hectares do recinto do MEO Marés Vivas têm cobertura de internet, garantida pela rede de wi-fi de acesso livre para os festivaleiros. É um elemento essencial para o público que não abdica do telemóvel para registar todos os momentos do festival.
Os Scorpions podem ter sido a razão principal para 40 mil pessoas terem preenchido o recinto do MEO Marés Vivas no primeiro dia, mas a experiência aqui, e em praticamente todos os festivais e concertos de hoje em dia, dificilmente é vivida sem ser através dos ecrãs dos telemóveis que filmam os melhores momentos... e tapam parte da visão de quem quer ver as atuações.
Uma tendência generalizada no antigo parque de campismo da Madalena, em Vila Nova de Gaia, e não só. A vontade de registar a presença no festival para os seguidores digitais não demora a ser satisfeita logo na entrada do recinto, com fotografias e vídeos para guardar ou partilhar nas redes sociais.
É uma necessidade constante, de tal maneira que é raro o festival com a dimensão do Marés Vivas que não prepare várias infraestruturas para prevenir o que já é caracterizado como "nomofobia", ou seja, a fobia de não ter o telemóvel.
No ano passado foram gastos mais de 8TB de dados durante os três dias do festival, o equivalente ao uso diário normal numa cidade como Aveiro.
Metade disso foi garantida pela rede wi-fi gratuita no recinto, que vai continuar a impedir que os milhares de festivaleiros do Marés Vivas sofram de nomofobia... enquanto durar a bateria.