Rock in Rio Lisboa: entusiasmo, slide, brindes e (algum) descanso no segundo fim de semana 

Pessoas de todas as idades, em grupo, em casal, vestidas a rigor ou confortáveis. Viu-se de tudo no segundo e último fim-de-semana de Rock in Rio Lisboa 2022. No sábado, a geração que cresceu a ouvir música dos anos 80 e 90 encheu o recinto, mas muitos trouxeram também os filhos. No domingo, foram os jovens que mais se viram pela “Cidade do Rock”. Em ambos os dias, houve filas para brindes, desafios, concertos em simultâneo e muita música e animação pelo recinto. A Bela Vista teve casa cheia este domingo: 80 mil pessoas. Nos quatro dias da 9.ª edição do festival, passaram pelo recinto 287 mil.

Pedro Nunes, de 44 anos, acabou de fazer slide. Está a sentir “alguma adrenalina” e emoção. Veio ao festival com a mulher, a filha e amigos para ver Bush, A-HA e Duran Duran e, salienta, José Cid.

“A música portuguesa é fundamental estar representada em todos os festivais”, defende.

A música nacional é também uma preferência de Carlos Almeida. Veio à “Cidade do Rock” para ver Delfins e José Cid. Além disso, quer assistir aos concertos de Duran Duran e A-AH. É a primeira vez no Rock in Rio Lisboa. Para já, está a “gostar imenso” e acabou de fazer slide.

“Lá em cima senti adrenalina, desfrutei e sinto-me realizado”, conta.

Cláudia veio com amigas ao Rock in Rio. É a primeira vez no festival. Duran Duran é a preferência, mas “gostam de tudo”. O grupo comprou o bilhete “quase no dia a seguir” ao cartaz ser anunciado. Foram andar na roda gigante, uma das atrações do festival.

“Foi ótimo, a vista é do melhor. Agendámos, foi chegar e andar. É uma experiência muito positiva. Se tivermos oportunidade vamos voltar a andar”, diz.

Alexandra e Rosa descansam à sombra em sofás insufláveis. As amigas vieram ver Duran Duran, a banda que encerrou o Palco Mundo, no sábado.

“É a banda da minha adolescência. Cometi grandes loucuras. Foi o primeiro grande concerto que vi, fui esperá-los ao aeroporto, andei atrás dos hotéis”, conta Alexandra, de 54 anos.

Para Rosa, que veio desafiada pela amiga, é o primeiro concerto de Duran Duran e a primeira vez no Rock in Rio Lisboa.

O Rock in Rio esgotou este domingo, dia em que subiram ao Palco Mundo a banda portuguesa HMB, Jason Derulo, Anitta e Post Malone, no mesmo dia de vários nomes do hip-hop português noutros palcos. O recinto começou a compor-se, sobretudo, a partir das 19:00, hora em que subiu ao palco o norte-americano Jason Derulo.

Inês e Teresa tiram fotos à entrada da “Cidade do Rock”. Pouco passava das 14:00. Animadas, contam à SIC Notícias que são melhores amigas desde sempre e que vieram com as mães, também melhores amigas. Definem-se como a “dupla espetacular”.

Compraram os bilhetes em 2020, antes do festival ser adiado por causa da pandemia. Desde aí que contam os dias. Estão na Bela Vista, sobretudo, para ver Anitta e Post Malone.

“Quando foi cancelado foi horrível, nem queria acreditar. Mas pensando melhor, acho que até foi melhor. Há dois anos tinha 14 anos. Agora, tenho mais maturidade, posso aproveitar mais”, diz Inês.

Vão passear, tirar “muitas fotos”, observar o espaço e depois vão correr “até lá à frente”:

“Vamos furar a multidão. Estou a sentir que vamos conseguir”.

Debaixo das árvores, a SIC Notícias falou com um rapaz e com a mãe. Acabaram de chegar ao festival. Para já, gostam da energia. Vieram para ver todos os concertos, mas a preferência vai para Post Malone.

“Gosto dele há uns três ou quatro anos. Gosto muito. Gosto dos concertos dele e, por isso, acho que é um bom artista para festival. Quando percebi que vinha a Lisboa pensei que tinha de vir. Sempre quis ir ver um concerto dele, não podia falhar”, conta.

Mais à frente, um grupo de amigas. Têm 18 e 19 anos. Querem ver Jason Derulo e Anitta. Também acabaram de chegar, mas acham, à primeira vista, que o Rock in Rio Lisboa está bem organizado.