No meio do arco-íris, que pinta a famosa rua do Rock, surge um palco que o leva a diversos países do mundo. Na nona edição do Rock in Rio, este mítico espaço traz uma mensagem de respeito, aceitação e pluralidade.
Basta olhar para as tradicionais “casas” para encontrar estas frases de empoderamento que são escritas em português e em inglês: “We’ve got the power” (Nós temos o poder – um frase que faz lembrar o clássico de Snap!); “Repeite toda a gente”; “Don’t judge” (não julgue), “be you” (seja você mesmo) ou “Escolha com liberdade”. Em cada um destas “casas” pode encontrar lojas, restaurantes ou até espaços publicitários – numa delas destaca-se a fila para conseguir ganhar uma viagem.
Mas se a diversidade se vive na decoração, também se sente em palco. Os School of Rock, uma banda de estudantes de música abriu o palco, tendo cativado os que por ali passavam – e conseguiram-no de tal forma que este foi o primeiro palco a reunir público depois de abrirem as portas, às 12:00.
Os sons africanos invadiram o espaço em várias performances do grupo Bambaram & Kimbum. Os músicos cantaram e dançaram à frente do palco, o que gerou curiosidade entre os festivaleiros. É o caso de Ryan Shewring e Becca Mena, ambos de 30 anos e estreantes no Rock in Rio, que já dançam ao ritmo da música. “Vimos e parámos. É muito bom, muito divertido. Não sabíamos mas é ótimo, é brilhante.”
Pedro Santos e Daniela Diniz, ambos com 20 anos, consideram que é “muito bom ver uma cultura diferente”, elogiando “a música, o ritmo e a energia” da banda. Sobre o tema da aceitação que decora a Rock Street, Daniela considera que uma “ótima” ideia. “Acho ótimo. Temos de ter atenção coisas. Saber ouvir e escutar outras culturas.”
O fado também tem lugar neste palco: Sara Correia apresenta a sua imponente voz num concerto quase intimista. As guitarras portuguesas e a guitarra clássica que a acompanham transformam por completo o ambiente que se vive na Rock Street. Ana Luísa Pombares, de 35 anos, veio de propósito para ver o concerto de Sara Correia e trouxe consigo os amigos. “Não é um bom motivo?”, questiona.
Na primeira edição do Rock in Rio depois da pandemia de covid-19, o ambiente é de normalidade e máscaras são poucas ou nenhumas. “Está muito normal, não vejo nada diferente, o que é bom”, conta Lígia Bessa, de 39 anos. Para já, está confortável com esta situação, mas só depois irá ter a certeza.
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