Nuno Ribeiro, que representava a extinta equipa Liberty Seguros, teve um resultado positivo, por EPO-CERA (eritropoietina de ação prolongada), num controlo fora de competição efetuado a 3 de agosto, dois dias antes do início da Volta, tal como os seus companheiros de equipa espanhóis Hector Guerra e Isidro Nozal, igualmente suspensos por dois anos e cujos castigos são conhecidos desde maio.
Tal como os dois ex-colegas de equipa, Nuno Ribeiro deverá ficar inibido de competir até 02 de agosto de 2011.
Além destes, também o espanhol Eladio Jimenez, que corria pelo CC Loulé, foi apanhado nas mlhas do doping durante a prova, numa análise efetuada após a sua vitória na sexta etapa e que acusou a presença de EPO. O corredor de Salamanca, que concluiu a Volta no sexto lugar, acabou por anunciar o abandono da carreira em Dezembro, com 33 anos.
Com o anúncio do castigo de Nuno Ribeiro, suspenso preventivamente desde 18 de setembro, deverão ser finalmente homologados os resultados da Volta do ano passado e definitivamente atribuída a vitória ao espanhol David Blanco (Palmeiras Resort-Tavira), vencedor das edições de 2006 e 2008 e que terminou em segundo no ano passado.
A decisão surge 11 dias antes do início da 72. edição da Volta a Portugal, que arranca a 4 de agosto, em Viseu, e termina a 15, em Lisboa.
Depois de a contra-análise ter confirmado o positivo, em outubro, o corredor de Sobrado, Valongo, agora com 32 anos e vencedor da Volta a Portugal em 2003, deu uma conferência de imprensa em que afirmou sentir-se "enganado" e disponível para cooperar com a investigação, imputando responsabilidade ao médico que colaborava com a equipa, o colombiano Alberto Beltran.
Nuno Ribeiro é o quarto corredor a perder o triunfo na Volta a Portugal devido a um teste antidoping positivo, depois de Marco Chagas (1979), Joaquim Agostinho (1969 e 1973) e Fernando Mendes (1978).
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
Lusa