"É tempo de dizer adeus. Perdi a motivação e a energia necessárias para continuar a competir", afirmou Schumacher, numa conferência de imprensa no circuito de Suzuka, que no próximo domingo vai ser palco do Grande Prémio do Japão.
Schumacher garantiu ainda ter espírito competitivo, ambição e capacidade para estar entre os melhores, mas acrescentou: "Não faz parte do meu estilo estar envolvido em alguma coisa em que não me sinto a 100 por cento. Com a decisão de hoje sinto-me aliviado".
A decisão foi anunciada dias depois de a Mercedes ter feito saber que não iria renovar o contrato com Schumacher e anunciado a contratação do britânico Lewis Hamilton a partir da próxima época.
Já hoje, o piloto britânico, campeão mundial em 2008, teceu elogios ao alemão: "Penso que ninguém pode ter a pretensão de substituir Michael. Tive muita sorte de poder fazer parte da fórmula 1 ao mesmo tempo que ele".
Michael Schumacher assegurou estar "satisfeito" com a forma como a Mercedes lidou com a sua situação e garantiu que sempre esteve informado do que estava a acontecer.
"Eles (Mercedes) tiveram oportunidade de recrutar Lewis Hamilton, que é um dos melhores pilotos do Mundo. fs vezes o destino decide por nós", afirmou o piloto alemão, atual 12. classificado do Mundial de pilotos.
Schumacher, sete vezes campeão mundial, retirou-se da fórmula 1 em 2006, mas regressou em 2010 ao serviço da escuderia alemã Mercedes.
Nas três últimas temporadas, Schumacher ficou aquém dos êxitos do passado, e nas 52 provas disputadas conseguiu subir ao pódio apenas uma vez, com o terceiro lugar em Valência, conseguido esta época.
Entre 1991 e 2006, Schumacher conquistou sete títulos mundiais na categoria rainha do automobilismo -- dois ao serviço da Benetton (1994 e 1995) e cinco com a escuderia italiana Ferrari (entre 2000 e 2004).
Em 21 anos na fórmula 1, Michael Schumacher disputou mais de 300 corridas, nas quais conseguiu 91 vitórias, 155 pódios, 69 "pole positions" e 77 voltas mais rápidas.