A Comissão de Disciplina da FIFA pesou o facto de o jogador ter entoado com a multidão um grito de guerra croata que era utilizado durante a segunda guerra mundial pelo movimento fascista Ustacha, atitude que foi considerada "discriminatória e atentatória da dignidade de um grupo em função da raça, da religião ou da origem", explicou o organismo máximo do futebol mundial. "Depois de tomar em consideração todas as circunstâncias do caso, especialmente em função da gravidade do incidente, a comissão decidiu suspender o jogador por dez partidas oficiais", precisou a FIFA.
Além da suspensão, o defesa central croata está proibido de marcar presença nos estádios onde irá cumprir a pena e terá de pagar uma multa de 30.000 francos suíços, cerca de 24.000 euros.
O caso ocorreu após a vitória da Croácia sobre a Islândia a 19 de novembro último, que "carimbou" o passaporte da seleção croata para o Mundial, quando Simunic se apossou do microfone e gritou quatro vezes "pela pátria" (za dom), ao que os adeptos ripostaram gritando "prontos" (Spremni).
De resto, o jogador croata já tinha sido punido por um tribunal do seu país a uma multa de 3.200 euros, perante o qual justificou o seu gesto com "o amor que nutre pelo povo croata e pela pátria", rejeitando qualquer "conotação politica" ou ter sido motivado "por razões de ódio e de destruição".
Lusa
