"Pessoalmente e em nome do Governo Federal, manifesto profundo pesar e expresso meus sentimentos e solidariedade aos familiares e amigos do operário", afirmou o ministro Aldo Rebelo, citado numa nota hoje divulgada.
Também o Governo estadual do Amazonas e a empresa Martifer Construções Metalomecânicas SA divulgaram notas lamentando a morte de Pita Martins.
Segundo a Martifer, a vítima foi socorrida pela equipe de Segurança do Trabalho da Obra e levado de ambulância até um hospital próximo. "A empresa neste momento presta toda a assistência à família e apura as causas do acidente", diz a nota.
Pita Martins estava no Brasil para auxiliar na desmontagem da estrutura utilizada para construir o estádio, incluindo gruas, informou a gerente jurídica da Martifer no Brasil, Nina Neubarth. O estádio Arena Amazónia é uma das 12 sedes do Mundial 2014 de futebol e receberá a partida de Portugal contra os Estados Unidos.
O trabalhador de 55 anos era um técnico especializado em operações de guindaste de grande porte, e trabalhava na sede da Martifer em Oliveira de Frades, em Portugal.
A vítima tinha chegado ao Brasil há poucos meses com uma equipa de operários portugueses, segundo Neubarth, já que a desmontagem das estruturas da obra começou em janeiro.
A advogada realçou que viaja ainda hoje para Manaus para dar assistência à família da vítima, que está em Portugal, em questões como reconhecimento e trasladação do corpo. "Vamos abrir um processo para apurar o que aconteceu e averiguar os procedimentos que foram feitos", afirmou.
A empresa portuguesa Martifer foi subcontratada pela empreiteira Andrade Gutierrez, responsável pelo estádio.
Segundo a Unidade Gestora da Copa, o operário faleceu no hospital João Lúcio, em Manaus, onde foi internado com "um quadro de trauma encefálico grave", com "múltiplas lesões no tórax", e com respiração ajudada por aparelhos.
No momento do acidente, Pita Martins estava a trabalhar no sambódromo de Manaus, onde ocorria a desmontagem de gruas, e uma peça caiu e atingiu a sua cabeça.
Esta é a sexta morte registada nas obras de preparação do Mundial2014, que se realiza no Brasil entre 12 de junho e 13 de julho.
Só em Manaus, o operário português representa a quarta morte relacionada com o evento, a terceira em obras da Arena Amazónia.
A Lusa questionou a Andrade Gutierrez e a Unidade Gestora do Projeto Copa, ligada ao governo do Amazonas, sobre o motivo do acidente, mas ainda não recebeu.
Lusa
