Desporto

Ministro brasileiro "confia desconfiando" da conclusão do estádio de Curitiba

O ministro do Desporto brasileiro  admitiu hoje que o governo tem de "confiar desconfiando" da conclusão do  estádio Arena da Baixada, em Curitiba, confirmado na terça-feira pela FIFA  como uma das 12 sedes do Mundial2014 de futebol. 

© Nacho Doce / Reuters

"Temos de confiar desconfiando", declarou Aldo Rebelo, recorrendo assim  a um paradoxo para caracterizar a situação atual das obras no estádio de  Curitiba, cujos atrasos levaram, em janeiro, a FIFA a ameaçar exclui-lo  como sede Mundial2014, que se realiza entre 12 de junho e 13 de julho. 

O membro do governo brasileiro, que se encontra em Florianópolis a participar  num seminário sobre logística com a maioria dos 32 selecionadores que vão  estar no Mundial, defendeu a necessidade de "trabalhar duro" para que o  estádio possa estar concluído no prazo previsto. 

"Creio que tudo o que se está a fazer vai resolver o problema", sustentou.

O secretário-geral da FIFA, Jerome Valcke, anunciou, na terça-feira,  que o estádio de Curitiba será entregue a 15 de maio, exatamente um mês  após o Arena Corinthians, de São Paulo, no qual se vai jogar a partida inaugural  do campeonato, a 12 de junho, e que tinha as obras mais atrasadas. 

Aldo Rebelo admitiu que o governo poderá intervir no caso de surgir  algum atraso burocrático, para facilitar a disponibilização de recursos  financeiros por um banco oficial. 

O Atlético Paranaense e os responsáveis do município de Curitiba e do  Estado do Paraná, que faz fronteira com a Argentina e com o Paraguai, justificaram  os atrasos com as demoras na disponibilização dos recursos. 

O estádio de Curitiba vai receber quatro partidas da primeira fase do  Mundial do Brasil: Espanha-Austrália (grupo B), Irão-Nigéria (F), Argélia-Rússia  (H) e Honduras-Equador (E). 

O ministro brasileiro garantiu ainda que "não haverá espaço para manifestações  violentas durante o Mundial de futebol", tal como aconteceu no período em  que se disputou a Taça das Confederações. 

"O clima será outro. Os protestos pacíficos, temos de os respeitar.  A única manifestação que espero ter é a manifestação de afeto e de acolhimento  das seleções", concluiu. 

Lusa