Em causa, segundo os polícias, estão atrasos nos salários, falta de material de expediente, serviços de limpeza e escassez de combustível. Há referência ainda esquadras sem água, papel higiénico e tinta para impressão de boletins de ocorrência.
O presidente da Coligação de Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro, Fábio Neira, afirmou aos jornalistas tratar-se de uma questão de "subsistência" e descreveu uma situação de "colapso".
"Vamos, gradativamente, aumentando o movimento. Não queremos radicalizar, mas o governo está-nos levando a isso. A base está muito insatisfeita e sem perspetiva. Uma paralisação total não pode ser descartada", acrescentou, sobre a possibilidade de greve da categoria durante os Jogos Olímpicos.
Centenas de agentes manifestaram-se pelas ruas do centro da cidade com faixas e cartazes de protesto, segundo a Agência Brasil.
Um grupo de polícias também protestou no Aeroporto Tom Jobim, segurando uma faixa onde se podia ler, em inglês: "Bem-vindos ao inferno. Polícias e bombeiros não são pagos. Qualquer pessoa que vier para o Rio não estará segura."
A polícia civil informou, numa nota, que entende as reivindicações, consideradas justas e motivadas em razão das dificuldades da categoria.
O Estado do Rio de Janeiro decretou, a 17 de junho, "estado de calamidade pública", devido à grave crise financeira que atravessa.
Os Jogos Olímpicos decorrem de 05 a 21 de agosto e são esperados 10.500 atletas de 206 países para o evento.
Lusa