Os subornos superiores a um milhão de rublos (cerca de 15.600 dólares) vão ser castigados, a partir de agora, com penas de prisão de oito a 15 anos. O suborno em competições vai ser castigado com penas de prisão até cinco anos.
As autoridades russas abriram um processo criminal por abuso de poder contra funcionários que dirigiram, entre 2009 e 2013, a Federação Russa de Atletismo (FRA), suspendida por escândalos de dopagem pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF).
O Presidente da FRA entre 2009 e 2013 era Valetín Balájnichev - à época tesoureiro da IAAF -- e foi acusado juntamente com outros altos funcionários de aceitar subornos para encobrir o atletismo russo.
A IAAF suspendeu a FRA depois de uma comissão independente da Agência Mundial Antidopagem (AMA) ter recomendado em novembro de 2015 excluir a Federação Russa de todas as competições internacionais, incluindo os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
A primeira entidade a acusar a Rússia de dopagem foi o canal de televisão pública alemão ARD que, num documentário emitido em 2014, expôs um obscuro sistema de dopagem encoberto pelo estado russo.
Uma comissão independente da AMA confirmou que a Rússia não cumpria com os protocolos estabelecidos pelo código mundial de antidopagem e que o governo de Moscovo faz parte de um enredo de corrupção e de encobrimento para que atletas de elite russos utilizem substâncias ilícitas proibidas em competências internacionais.
Lusa