O governo liderado por Pedro Pablo Kuczynski "acedeu ao pedido de extradição" efetuado por um tribunal dos Estados Unidos e que a mesma será efetiva quando forem cumpridos os requisitos legais e trâmites da legislação peruana.
A decisão, publicada em decreto, foi tomada depois de em junho a Suprema corte de justiça do Peru ter considerado fundamentado o pedido apresentado pelos Estados Unidos, com Burga a ser acusado de associação em crime organizado e conspiração.
Os mesmos juízes do Supremo peruano não tiveram, no entanto, em conta as acusações também ao ex-presidente de fraude eletrónica, por não encontrarem equiparação na legislação do país, o que não aconteceu com a questão "do crime organizado e conspiração".
Quanto à acusação de lavagem de dinheiro também não foi considerada, devido ao facto de a justiça norte-americana não ter cumprido com o envio de informação que o Peru solicitou em março deste ano.
O antigo dirigente de futebol faz parte de um grupo de 16 pessoas, de altos cargos e ex-dirigentes da FIFA, acusados pela procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, de corrupção e "sequestro" do futebol para enriquecimento próprio.
A investigação fala em subornos dos dirigentes, que chegariam aos 200 milhões de dólares, com acusações que vão desde a organização criminosa, fraude massiva e branqueamento de capitais.
Burga encontra-se entre os dirigentes sul-americanos acusados de terem recebido dinheiro da empresa Datisa, no processo de adjudicação dos direitos televisivos da Copa América para 2015, 2016, 2019 e 2023.
Lusa