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Oscar Pistorius regressa à prisão após ida ao hospital com dores no peito

O atleta sul-africano Oscar Pistorius, a cumprir uma pena de prisão de seis anos pelo homicídio da noiva, voltou esta sexta-feira à prisão, após ter sido hospitalizado na quinta-feira, em Pretória, com queixas de uma dor no peito.

Oscar Pistorius regressa à prisão após ida ao hospital com dores no peito
© Siphiwe Sibeko / Reuters

Oscar Pistorius, velocista amputados das duas pernas que foi o primeiro atleta a competir nos jogos paralímpicos e olímpicos, que corre com a ajuda de próteses de lâmina, o que lhe valeu a alcunha de 'blade runner', regressou à prisão após submetido a vários exames.

Embora os responsáveis clínicos que assistiram o atleta sul-africano não tenham precisado a razão do seu internamento, os sintomas de Oscar Pistorius bem como os exames realizados levantam a suspeita de eventuais problemas cardíacos.

Em declarações à revista sul-africano Você, o pai de Oscar Pistorius, Henke Pistorius, disse que o filho "está bem" e explicou que ele foi acometido recentemente de uma grave gripe que podia ter provocado a dor no peito.

Oscar Pistorius não recebeu qualquer tratamento especial, de acordo com o porta-voz das prisões sul-africanas, Singabakho Nxumalo, que referiu apenas que o atleta regressou à sua cela e à custódia do sistema prisional.

Em agosto de 2016, Oscar Pistorius também foi levado ao hospital com ferimentos nos pulsos, mas voltou pouco depois de devidamente tratado.

Pistorius, agora com 30 anos, matou a namorada Reeva Steenkamp na manhã de 14 de fevereiro de 2013 em sua casa, em Pretória, após disparar por quatro vezes através da porta fechada da casa de banho, onde esta se encontrava.

O atleta disse que abriu fogo em pânico por confundir Steenkamp com um ladrão, que pensou tinha entrado na casa pela janela da casa de banho.

Esta versão foi aceite pela juíza do caso, Thokozile Masipa, do Tribunal Superior de Pretória, que o condenou, em outubro de 2014, a cinco anos de prisão por um crime de homicídio, considerando que ele não tinha intenção de tirar a vida à vítima.

A acusação recorreu da sentença e, em dezembro de 2015, o Tribunal Superior da Relação anulou a condenação por homicídio e acusou Pistorius de assassinato, concluindo que ele tinha intenção de matar a pessoa que estava na casa de banho, independentemente de pensar que era a namorada ou um intruso.

O caso voltou ao Tribunal Superior de Pretória, em 6 julho de 2016, levando a juíza Thokozile Masipa a emitir nova sentença de seis anos de prisão pelo crime de homicídio.

Lusa