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O ataque motivou o pedido de rescisão unilateral de contrato de nove futebolistas, alegando justa causa, alguns dos quais recuaram na decisão e continuam a representar os "leões", e lançou o Sporting numa das maiores crises institucionais da sua história.
O ex-presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, foi acusado pelo Ministério Público de ser autor moral de crimes classificados como terrorismo e outros 98 ilícitos criminais, no âmbito da investigação sobre o ataque à Academia de Alcochete.
De acordo com partes do despacho de acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, a que a Lusa teve hoje acesso, Bruno de Carvalho está acusado de 40 crimes de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um de detenção de arma proibida e crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados.
Os mesmos crimes são imputados a Nuno Mendes, líder da claque Juventude Leonina, conhecido por Mustafá, e Bruno Jacinto, que à data dos factos tinha as funções de oficial de ligação do Sporting aos adeptos e que está em prisão preventiva desde 9 de outubro. Mustafá está também acusado de um crime de tráfico de droga.
Bruno de Carvalho e Mustafá foram libertados na quinta-feira pelo juiz de instrução criminal Carlos Delca, do Tribunal do Barreiro, e ficaram sujeitos a apresentação diária às autoridades e ao pagamento de uma caução de 70 mil euros, depois de terem sido detidos no domingo por suspeitas de envolvimento no ataque.