Durante 20 anos, Willi Weber e Michael Schumacher formaram uma dupla inseparável, conta a RTL. Schumacher era o piloto com um talento e velocidade incomparáveis, Weber o empresário que negociou contratos e o tornou numa estrela da Fórmula 1.
Esta quarta-feira, dia 25 de agosto, faz 30 anos que Michael Schumacher se estreou no Mundial de F1. Com sete títulos mundiais conquistados, Schumacher e Weber chegaram a ser a dupla de maior sucesso na história da modalidade.
Viram-se pela última vez em dezembro de 2013, dias antes do trágico acidente na estância de esqui de Méribel. Desde aí que a mulher do piloto tenta manter sigilo quase absoluto sobre o estado de saúde de Schumacher e as visitas são limitadas apenas a amigos mais chegados.
O presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Jean Todt, é das raras exceções: visita-o duas vezes por mês.
Weber diz agora que está a ser castigado pela mulher do antigo piloto. O ex-empresário, de 79 anos, admite à RTL que cometeu um erro "na altura do acidente".
"Não entrei logo num avião para o ir ver ao hospital. Vi que havia lá muita gente e pensei visitá-lo mais tarde. Mas estava errado, devia ter ido logo".
O antigo empresário de Schumacher diz ter ficado "arrasado" e sofrido "como um cão", mas queixa-se de nunca ter recebido resposta a telefonemas e cartas por parte de Corinna Schumacher.
"Sei que ela apagou-me da sua vida", lamenta o empresário. "Porque é que para a mulher dele eu não passo de um pneu usado que depois de todos estes anos já não serve? Porque não posso visitar o Michael [Schumacher]? Porque estou a ser castigado?", questiona.
Na mesma entrevista revela que se arrepende "mil vezes" de não ter visitado Schumacher na altura do acidente. Para Weber foi o "filho que nunca teve": "Ele era um homem bom, incrivelmente honesto e direto".