O tenista sérvio Novak Djokovic, número um mundial, disse, esta segunda-feira, que pretende jogar o torneio de Wimbledon, no verão, mesmo que tenha voltado a criticar a exclusão de russos e bielorrussos da competição.
O sérvio, que venceu o japonês Yoshihito Nishioka, 99.º da hierarquia ATP, por 6-3, 6-1 e 6-0, esta segunda-feira, na primeira ronda de Roland Garros, explicou aos jornalistas que pretende participar no próximo Grand Slam, depois de falhar a defesa do título no Open da Austrália por não estar vacinado contra a covid-19.
Ainda assim, o detentor do título do Grand Slam londrino mostrou-se contra o “erro” da organização, que viverá “uma situação em que todos perdem”, sem russos ou bielorrussos devido à guerra na Ucrânia.
Segundo Djokovic, de 34 anos, não foi procurado um equilíbrio entre as vontades do All England Lawn Tennis Club, que organiza Wimbledon, e os jogadores, e “não houve conversas com os tenistas”.
“A WTA e a ATP ofereceram-se para organizar particulares entre russos, bielorrussos e ucranianos, com os lucros a serem doados às vítimas na Ucrânia, mas Wimbledon nunca quis falar disso”, denunciou.
Assim, para o sérvio, esta “é uma má decisão”, que não apoia “de todo”, tal como a da ATP e da WTA em não atribuir pontos para o ranking pelo major de relva, dado o afastamento de russos e bielorrussos, porque penalizam os atletas que têm pontos a defender de 2021 e não o podem fazer.
Um dos penalizados é o próprio Djokovic, que volta a não pontuar num dos quatro grandes torneios do ano, depois de falhar o torneio de Melbourne devido à polémica com o estatuto de vacinação.
Apesar das questões que levantou, mostrou-se “feliz que coletivamente os jogadores se tenham juntado à ATP” para mostrar que “quando uma organização erra, há consequências”.
“Torneios Grand Slam, são torneios Grand Slam, e Wimbledon sempre foi um sonho para mim, desde criança. Não penso nisso pelos pontos ou pelo prémio monetário”, acrescentou.