Desporto

Projeto da Superliga que ia juntar os melhores clubes da Europa "está morto"

As declarações são do presidente da UEFA, Aleksander Ceferin.

Projeto da Superliga que ia juntar os melhores clubes da Europa "está morto"
Alessandra Tarantino

O projeto de uma Superliga de futebol, uma competição fechada para alguns dos melhores clubes da Europa, proposta em abril de 2021, "está morto", garantiu o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin.

"Estamos aqui para falar de futebol, e isso [a Superliga] não é futebol", disse Ceferin a jornalistas na Argentina, na quinta-feira, em resposta a comentários do novo líder da empresa por detrás do projeto.

Na quarta-feira, o diretor executivo da empresa A22 Sports Management, Bernd Reichart, disse que a Superliga ainda está de pé, embora num formato diferente.

Reichart disse que Real Madrid, Barcelona e Juventus estão a discutir a criação de um torneio europeu de clubes cuja qualificação seria baseada no mérito desportivo.

Os três clubes são os únicos que continuam a apoiar o projeto, depois dos restantes fundadores (Atlético de Madrid, Manchester City, Manchester United, Liverpool, Arsenal, Chelsea, Tottenham, Inter e Milan) terem abandonado a iniciativa 48 horas após a sua apresentação.

A UEFA opõe-se à ideia de uma Superliga e mantém um litígio no Tribunal de Justiça da UE (TJUE) contra o projeto.

Também na quinta-feira, a Confederação Sul-americana de Futebol (CONMEBOL) anunciou que irá implementar regras financeiras de “fair play” para os clubes que participem nos torneios continentais, a partir de 2023.

O presidente da CONMEBOL Alejandro Domínguez disse durante as reuniões em Buenos Aires que a mudança faz parte de uma estratégia para tornar o futebol mais competitivo na região.

No sábado, a final da Copa Libertadores, a principal competição de clubes da América do Sul, vai ter dois clubes brasileiros, pelo terceiro ano consecutivo.

"Há quatro anos que o Brasil começou a mudar os seus torneios. Não se trata apenas de ter mais dinheiro, eles estão a trabalhar bem. Precisamos que o resto dos países sigam essa mudança", disse Domínguez.