O piloto neerlandês Max Verstappen (Red Bull) bateu este domingo mais dois recordes da Fórmula 1 ao conquistar a vitória no Grande Prémio do México, 20.ª ronda da temporada.
O já campeão, de 25 anos, chegou aos 14 triunfos numa mesma época, um novo máximo na história da competição, após concluir as 71 voltas em 1:38.36,729 horas, deixando o britânico Lewis Hamilton (Mercedes) em segundo lugar, a 15,186 segundos, com o mexicano Sérgio Pérez (Red Bull) na terceira posição, a 18,097 segundos.
Max Verstappen deixou, assim, para trás os alemães Sebastian Vettel (em 2013, em 19 corridas) e Michael Schumacher (em 2004, em 18 corridas), que contavam 13 triunfos numa mesma época.
"Conseguir 14 vitórias numa época é incrível", exultou, ainda no carro, via rádio.
Saindo da 'pole position' e ao lado do britânico George Russell (Mercedes), Verstappen reagiu prontamente ao sinal, chegando ao final dos 811 metros na frente do piloto da Mercedes, que travou ligeiramente mais cedo.
Russell viria a perder o segundo lugar para o companheiro de equipa Lewis Hamilton na curva seguinte, cedendo, ainda, a terceira posição a Pérez na curva 4 do traçado mexicano.
Verstappen mantinha os adversários à distância, cavando uma diferença que chegou aos 2,4 segundos para Hamilton à 20.ª volta, mas que começaria a cair para 1,6 a partir daí quando os pneus macios ficaram nas 'lonas'.
O piloto neerlandês parou na volta 25, uma depois de Pérez, que sofreu um atraso com a montagem do pneu traseiro esquerdo.
Hamilton, que arrancou com pneus médios, esperava atrasar a paragem, tentando surpreender a Red Bull com apenas uma paragem, pois montou pneus duros quando, finalmente, foi às boxes quatro voltas mais tarde, enquanto Verstappen rodava com médios.
Mas o já bicampeão mundial não voltou a parar, completando 46 voltas com os médios, e a tentativa da equipa germânica revelou-se infrutífera, pois a quebra de desempenho não chegou a aparecer.
"Não sei se fizemos a melhor escolha de pneus para o final da corrida", admitiu Hamilton, no final.
O espanhol Fernando Alonso (Alpine), devido a problemas de motor, e o japonês Yuki Tsunoda (Alpha Tauri), tocado pelo australiano Daniel Ricciardo (McLaren), foram os únicos abandonos.
Ricciardo acabaria por ser votado o piloto do dia, pois encetou uma recuperação notável após receber uma penalização de 10 segundos pelo incidente com Tsunoda, conseguindo terminar em sétimo, 12 segundos à frente do francês Esteban Ocon (Alpine), que foi oitavo, anulando o tempo perdido com a penalização.
George Russell viria a terminar em quarto, na frente dos dois Ferrari de Carlos Sainz (quinto) e Charles Leclerc (sexto).
Com estes resultados, Max Verstappen chegou aos 416 pontos, batendo outro recorde, que pertencia a Lewis Hamilton desde 2019, com 413 pontos.
Já Sérgio Pérez subiu ao segundo lugar do campeonato, com 280.
"Tem sido um ano incrível até aqui mas vamos tentar conseguir mais", frisou Verstappen, no final da corrida.
O piloto da Red Bull pode bater mais um recorde nas duas corridas que ainda faltam disputar, se terminar o campeonato com mais do que 155 pontos de diferença para o segundo classificado (atualmente são 136), a maior marca até hoje estabelecida e que pertence ao alemão Sebastian Vettel desde 2013 (sobre Alonso).
A próxima ronda é o GP do Brasil, dentro de duas semanas.