A atleta Marta Kostyuk despertou desagrado na plateia, quando no jogo contra a bielorussa Aryna Sabalenka, se recusou a cumprimentar a adversária. Mas esta não foi a primeira vez que a guerra na Ucrânia causou tensão nos courts.
No final do encontro que a ucraniana perdeu, Kostyuk recusou apertar a mão de Sabalenka, que venceu por 6-3 e 6-2. Em janeiro, a tenista de Kiev avisou que não iria cumprimentar nenhuma atleta russa ou bielorussa devido à guerra no seu país.
Isso mesmo cumpriu agora no Grand Slam em Paris. Antes, Marta Kostyuk já havia recusado apertar a mão à russa Varvara Gracheva e à bielorussa Visctoria Azarenka, referindo que “obviamente há tensão”.
“Não somos amigas. Neste momento, estamos em guerra”, justificou Kostyuk.
Já a adversária Aryna Sabalenka disse não compreender o “ódio” direcionado a ela e acrescentou que “ninguém neste mundo apoia a guerra, nem atletas russos, nem bielorussos".
"Se de alguma maneira pudéssemos travar a guerra, era isso que iríamos fazer, mas não podemos, não está nas nossas mãos”, acrescentou.
Os courts têm sido palco de manifestações sobre a guerra na Ucrânia. Já esta época, também Anastasia Potapova foi advertida pela Associação de Ténis Feminino (WTA), por comparecer no jogo contra Jessica Pegula vestida com uma camisola da equipa de futebol do Spartak Moscovo.
Quando questionada sobre o repreendimento dado a Potapova, Marta Kostyuk referiu: “Há muitas coisas com as quais não concordo com a WTA, mas isso não vai mudar nada. Só vou conseguir mais ódio online”.
Contudo, Anastasia Potapova defendeu a sua escolha de indumentária, revelando que “não havia qualquer intenção política”.
“É muito triste que as pessoas vejam coisas que na realidade não são verdade. Sou apenas uma super adepta do Spartak desde os meus 10 anos. O meu pai construiu parte do estádio da equipa, por isso faz parte da minha família”, sustentou Potapova.