Roberto Martínez considera que a exibição não foi perfeita, mas ficou satisfeito com a vitória e com o sacrifício dos jogadores da seleção. Portugal venceu por 3-0 a Bósnia-Herzegovina, num jogo a contar para o apuramento para o Euro 2024.
“Não jogamos como equipa, como precisamos, mas jogamos individualmente para a equipa de uma forma espetacular. O jogo sem bola foi de muito esforço e qualidade em frente à baliza”, afirmou o selecionador nacional, depois do jogo contra a Bósnia-Herzegovina.
Mártinez destacou “o grande momento de Diogo Costa para manter a baliza inviolada”.
“É uma grande vitória que permite crescer, que permite melhorar. E agora, 72 horas para preparar a próxima partida É um processo natural para nós”, acrescentou.
Também os jogadores da seleção consideram que Portugal ainda tem muito para melhorar, mas fazem um balanço positivo do jogo com a Bósnia.
“Foi um jogo em que podia ter corrido melhor para nós, não conseguimos implementar, se calhar, aquilo que trabalhamos de uma forma mais afincada, mas realçar a atitude dos jogadores, que foi muito boa e é uma boa vitória para a qualificação”, disse António Silva.
Já Nélson Semedo sublinhou que o mais importante foi conseguido: alcançar os três pontos da vitória. Admitiu que têm de “trabalhar” em “entusiasmar as bancadas”
“Claro que queremos alegrar os nossos adeptos. Mas acho que ele também saem satisfeitos coisas com a vitória.”
Bernardo Fernandes sublinha que o “sonho” de jogar na seleção nacional faz superar o cansaço e permite “encontrar energias.”
Martínez e jogadores criticam assobios a Otávio
O selecionador nacional criticou os assobios dirigidos a Otávio durante o jogo com a Bósnia. Roberto Martínez diz que assobiar jogadores da seleção “não ajuda a criar uma equipa”.
“Isto não ajuda a criar uma equipa, não ajuda o treinador para fazer uma equipa compacta e ajudar aos valores da nossa equipa”, criticou o selecionador nacional
Martínez elogia a rivalidade futebolística de Portugal, mas lembra que quando a seleção joga, não são jogadores de clubes.
“Eu acho que precisamos de entender que a rivalidade futebolística de Portugal é muito boa, mas quando a seleção joga, não é jogadores de clubes, são jogadores de seleção. Precisamos de entender que é uma situação doente.”
Também os jogadores da seleção portuguesa não entendem os assobios a Otávio e a João Mário nos últimos jogos e pedem aos adeptos uma mudança de atitude.
“Eu acho que nunca é bonito, como não foi no caso do João Mário. Nós estamos a representar a seleção, nós queremos jogar em todos os estádios em Portugal, se possível, ou no maior número deles. Iremos a estádios, onde os jogadores que jogam em Portugal não jogam nesse clube, mas neste momento estão a representar o nosso país”, afirma Bruno Fernandes.
João Palhinha acrescenta que esta situação se passa também dentro do campo e incita os adeptos a mudar. Usa como exemplo o que se passa em Inglaterra, onde joga.
“Temos de mudar. Eu, neste momento, estou a jogar num país em que estas coisas não acontecem, o civismo nesta parte é bastante diferente, no que diz respeito ao futebol. Mesmo as confusões dentro do estádio e tudo, é tudo bastante diferente e nós às vezes vamos pescar tantas coisas lá fora, acho que também temos que começar a meter os olhos neste aspeto.”