Pelo menos 12 dos 28 atletas portugueses que vão participar nos Mundiais ficaram, esta quinta-feira, retidos no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, devido ao cancelamento de um voo para Budapeste.
O primeiro português a entrar em prova é o veterano marchador João Vieira, nos 20 quilómetros marcha, no sábado, a partir das 08:50 locais (07:50 em Lisboa), que está no grupo retido no aeroporto.
À Manhã SIC Notícias, o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Jorge Vieira, explicou que o problema se prendeu com a falta de tripulação.
“Estavam as pessoas todas na manga de embarque para um avião e não tinham tripulação. Foi a informação que me deram e mandaram recuar toda a gente. Agora, estão a dar a indicação que os passageiros sejam remetidos para os voos seguintes. Ora, isso implica que tivéssemos atletas a viajar amanhã [sábado] para cá, o que seria impensável”, disse Jorge Vieira.
Isto terá impacto no rendimento dos atletas?
O presidente da federação acredita que os atletas “têm de estar preparados para todas as situações. Claro que, às vezes, não antecipamos problemas destes”, referindo contudo que “temos de antecipar sempre o melhor nestas situações e fazer todo o esforço para resolver a situação rapidamente”.
“A nossa competição neste momento é contra o tempo”
Jorge Vieira encontra-se em Budapeste, mas a tentar encontrar soluções "porque a companhia não assegura nenhum voo. Não há nenhuma solução em especial".
“A nossa competição começou mais cedo. Neste momento é uma competição contra o tempo. Estão a empurrar-nos para outras rotas. Esperemos conseguir colocar todos os atletas, hoje, e Budapeste, mas a situação não está de maneira nenhuma normalizada”, concluiu.
Os atletas portugueses partiram na quinta-feira à tarde de Lisboa e passaram a noite num hotel na Alemanha. Ainda não sabem quando terão voo para a capital da Hungria.