A corrida sprint do Grande Prémio da Austrália de MotoGP, prevista para este domingo, foi cancelada devido "às condições climatéricas e à previsão meteorológica".
O vento intenso que se faz sentir em Philip Island, Austrália, afeta as condições de segurança dos pilotos e levou, também, à interrupção da corrida de Moto2, a categoria intermédia do Mundial de Velocidade.
A prova foi cancelada à nona volta e a vitória atribuída ao italiano Tony Arbolino (Marc VDS), numa altura em que nem sequer tinham sido cumpridos dois terços da corrida, pelo que só foi atribuída metade da pontuação prevista.
Nessa altura, já se tinham registado 10 quedas. A prova de Moto3 decorreu como previsto mas debaixo de forte chuva, com mais de uma dezena de quedas. O turco Deniz Öncü (KTM) foi o vencedor.
Com o aumento das rajadas de vento, tal como previsto na previsão meteorológica que já tinha levado a organização antecipar a corrida principal de MotoGP de domingo para sábado, a sprint foi mesmo cancelada.
Assim, o campeonato segue para a Tailândia, onde o português Miguel Oliveira (Aprilia) venceu em 2022.
O italiano Francesco Bagnaia (Ducati), campeão em título, tem, agora, uma liderança segura por 27 pontos face ao espanhol Jorge Martin (Ducati).
Miguel Oliveira é 14.º, com 76.
Miguel Oliveira considera que cancelamento da corrida foi "decisão sensata"
O piloto português Miguel Oliveira (Aprilia) considerou que foi "a decisão sensata" a direção do Grande Prémio da Austrália cancelar a corrida sprint da categoria de MotoGP.
"De acordo com as previsões, o fator condicionante seriam as rajadas fortes de vento. Para as categorias mais baixas, isso não é tão preponderante. O vento estava lateral em toda a pista, sobretudo na reta, que é o ponto mais perigoso para nós", explicou o português Miguel Oliveira (Aprilia), em declarações ao canal televisivo Sport TV, considerando que o cancelamento foi "a decisão sensata".
Do fim de semana, Miguel Oliveira disse levar "alguma aprendizagem". "Têm sido alguns fins de semana com ligeiras dificuldades em sítios particulares, sobretudo nas curvas mais rápidas. O comportamento comigo nessas situações é ligeiramente diferente face às outras três Aprilia", precisou.
O piloto luso, que foi 13.º classificado na corrida principal desta 16.ª prova da temporada, realizada sábado, considerou que, apesar de tudo, "foi um fim de semana positivo apesar do resultado".
"Queria era sentir e ser mais competitivo durante a corrida e foi o que aconteceu", sublinhou.
Agora segue-se o GP da Tailândia, prova que venceu em 2022.
"A Tailândia é um circuito onde as aprendizagens daqui podem servir. Sobretudo porque temos uma tipologia de pneu que para as Aprilia é o pior de todos. Tem a ver com a carcaça. Temos dificuldade em encontrar 'grip' [aderência] com esses pneus, como aconteceu na Índia", explicou o piloto natural de Almada.
Sobre o alegado convite feito pela Honda para 2024, Miguel Oliveira escusou-se a revelar pormenores.
"Continuo focado naquilo que tenho de concreto na minha carreira que é a Aprilia e a [equipa] RNF, com quem tenho acordo até final de 2024", disse.
No entanto, admitiu a abordagem da Honda.
"Quando o maior construtor do mundo nos aborda, nunca fechamos essa porta, que continua aberta porque ainda não anunciaram nenhum piloto. Mas até haver coisas concretas não vou dizer nada", referiu Oliveira.
A 17.ª ronda da temporada é já no próximo fim de semana, na Tailândia.