O DCIAP - Departamento Central de Investigação e Ação Penal arquivou o processo movido contra o Benfica, que ficou conhecido como o caso dos "vouchers”.
Oito anos depois de ter sido denunciado num programa televisivo pelo então na altura presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, o Benfica era acusado de fazer ofertas a equipas de arbitragem, observadores e delegados, num valor que poderia chegar aos 250 mil euros por época.
Segundo o despacho a que a SIC teve acesso, as provas recolhidas não permitiram sustentar de que, ao aceitar as ofertas, os árbitros, delegados e observadores teriam como finalidade adulterar o resultado desportivo.
No documento consta ainda que com os indícios recolhidos foi possível concluir que os envolvidos aceitavam uma vantagem que não lhes era devida. Mas à data dos acontecimentos, o crime de recebimento indevido de vantagem no desporto não estava previsto na lei.
Em reação a esta decisão, a defesa do Benfica, em declarações à SIC Notícias, mostra-se satisfeita: “O único comentário a fazer é de satisfação, não só pelo arquivamento, mas também pelos seus fundamentos inequívocos”.
O Benfica oferecia a cada elemento o famoso “Kit Eusébio”, que continha uma réplica da camisola do malogrado jogador, entradas para o Museu Cosme Damião e ainda convites para o restaurante Museu da Cerveja, em Lisboa.
Este processo tinha como arguidos a Benfica SAD, Rui Costa, Domingos Soares de Oliveira, José Eduardo Moniz e Luís Filipe Vieira.