O Ministério Público turco abriu um inquérito ao futebolista israelita Sagiv Jehezkel, por incitação ao ódio, com vários meios de comunicação social da Turquia a noticiarem hoje a sua detenção por algumas horas. Acabou por ser libertado ao início da manhã desta segunda-feira, segundo a France Press.
"O Ministério Público de Antalya abriu um inquérito ao futebolista Sagiv Jehezkel por 'incitação pública ao ódio', pela sua celebração odiosa do massacre cometido por Israel em Gaza", anunciou o ministro da Justiça turco, Yilmaz Tunç, na rede social X (antigo Twitter).
Entretanto, a agência Reuters conta que o ministro da Defesa de Israel acusou a Turquia de servir o Hamas, com a detenção do atleta que, sublinha, apenas demonstrou, num encontro de futebol, solidariedade para com os reféns da guerra em Gaza.
Yoav Gallant aproveitou para recorda aos governantes turcos, a rápida assistência que Israel prestou após o terramoto do ano passado, e classificou a atitude de Sagiv Jehezkel de “uma manifestação de hipocrisia e ingratidão”.
No sábado, após marcar um golo no empate do Antalyaspor frente ao Trabzonspor, o internacional israelita mostrou a inscrição "100 dias 07/10" numa das proteções do seu pulso, em referência aos 100 dias após o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas a Israel, a que se seguiu uma intervenção militar dos israelitas na Faixa de Gaza, enclave controlado pelo Hamas desde 2007.
"Nós vamos continuar a apoiar os palestinianos oprimidos", referiu o ministro turco, que denunciou um genocídio em curso em Gaza.Vários órgãos de comunicação social, entre os quais a agência de notícias oficial Anadolu, noticiaram que o futebolista israelita foi detido durante a noite de hoje, mas entretanto, os mesmos meios estão a noticiar a libertação do atleta.
O Antalyaspor também já tinha anunciado que tinha afastado Sagiv Jehezkel da equipa, acusando-o de ter "agido contra os valores" do país.
