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Fórmula 1: GP de Espanha vai deixar a Catalunha e regressar a Madrid

O circuito proposto tem 5,474 quilómetros, incluindo 1,5 quilómetros de "via pública", 20 curvas e uma volta de classificação de cerca de 1,32 minutos, segundo divulgou a IFEMA Madrid e a empresa Dromo, a quem foi encomendado o desenho do traçado.

Fórmula 1: GP de Espanha vai deixar a Catalunha e regressar a Madrid
SUSANA VERA

O Grande Prémio de Fórmula 1 de Espanha vai passar da Catalunha para Madrid a partir de 2026, anunciou, esta quarta-feira, a organização do campeonato mundial desta modalidade, regressando à capital 45 anos depois.

O contrato para a celebração do Grande Prémio de Espanha em Madrid prevê a realização da prova na capital espanhola até 2035, num "circuito híbrido", que usará o atual recinto e instalações da IFEMA Madrid, um consórcio responsável pela organização de feiras, congressos e outros eventos.

Caberá à IFEMA Madrid organizar o Grande Prémio de Espanha a partir de 2026, com base num "anteprojeto técnico do conceito do circuito e suas instalações" que ainda terá de ser homologado pela Federação Internacional do Automóvel (FIA), segundo disse, esta quarta-feira, o consórcio.

O circuito proposto tem 5,474 quilómetros, incluindo 1,5 quilómetros de "via pública", 20 curvas e uma volta de classificação de cerca de 1,32 minutos, segundo divulgou a IFEMA Madrid e a empresa Dromo, a quem foi encomendado o desenho do traçado.

A IFEMA Madrid gere na capital espanhola um recinto de exposições que tem atualmente mais de 200 mil metros quadrados de pavilhões cobertos e outros 10 mil metros quadrados de espaços de reuniões polivalentes, assim como 10 mil lugares de estacionamento.

O recinto é acessível, desde o centro de Madrid, por metro, comboios suburbanos e autocarros urbanos e está a poucos quilómetros do aeroporto, tornando o futuro circuito do Grande Prémio um caso único de acessibilidade em transporte público dentro das provas do campeonato mundial de F1, como vincaram os responsáveis da IFEMA MAdrid e da Fórmula 1.

Local terá capacidade para mais de 100 mil pessoas

Está em causa "uma nova premissa de circuito híbrido", que permitirá uma assistência de 110 mil espetadores no primeiro ano e 140 mil a partir do quinto, sem que haja perturbação na organização diária e habitual da cidade, disse o presidente da IFEMA Madrid, Jose Vicente de los Mozos, na apresentação da prova hoje na capital espanhola.

O Grande Prémio de Madrid e o respetivo circuito vão também combinar "espetáculo e competição", com troços "especialmente desenhados" a pensar no espetador no local e na transmissão por televisão, acrescentou Jose Vicente de Los Mozos.

O presidente da Formula 1, Stefano Domenicali, disse que Madrid avançou com "um projeto muito inovador", com "diversidade" e "complementaridade entre os valores que são hoje importantes para a Fórmula 1": competição desportiva, tecnologia e sustentabilidade."Isto é a Formula 1 hoje", afirmou.

GP de Madrid será o mais sustentável

Segundo a IFEMA Madrid, o Grande Prémio que vai organizar a cidade será o mais sustentável do campeonato mundial, neutro em emissões poluentes, e conta apenas com financiamento privado.

A região de Madrid espera 450 milhões de euros de receitas anuais associadas à prova, assim como a criação de mais de 8.200 postos de trabalho diretos e dezenas de milhar de novos empregos indiretos, com os dez anos de contrato a garantirem o retorno do investimento, segundo a IFEMA e as autoridades da região.

A realização do Grande Prémio de Espanha em Madrid em 2026 será um regresso da Fórmula 1 à cidade, que já tinha sido cenário da prova entre 1970 e 1981.O calendário do Campeonato do Mundo de F1 tem atualmente 24 corridas.

Com Lusa