“Será o meu último mandato, mas vou cumpri-lo até ao fim”. Foram as palavras que marcaram a recandidatura de Pinto da Costa, oficializada este domingo no Coliseu do Porto, com a presença inesperada de Sérgio Conceição.
Para Pedro Faleta, comentador SIC, a estratégia de Pinto da Costa consistiu num “discurso de continuidade”, entre "promessas antigas" e críticas ao principal rival na corrida à presidência do FC Porto.
“Pinto da Costa foi recebido de forma apoteótica. Numa cerimónia emotiva, teve um discurso de continuidade e procurou, por um lado, atacar sempre que possível André Villas-Boas, as suas ideias e até o seu portismo, por outro, lançar para cima da mesa algumas promessas até antigas, como o centro de estágio na Maia - promessa de há oito anos - e a questão dos capitais próprios, que garante que vão ser positivos daqui a uma semana ou duas”.
Mesmo sem “a energia e o rasgo do passado”, a cerimónia serviu para colocar Pinto da Costa “na pole position para voltar a ser presidente pela 16.ª vez do FC Porto”.
Sérgio Conceição deixou Pinto da Costa em lágrimas
Sérgio Conceição, que até então assistia à cerimónia mais resguardado, dirigiu-se ao presidente dos dragões para um abraço sentido. Pinto da Costa, que já tinha terminado o discurso emocionado, acabou em lágrimas.
Segundo Pedro Faleta, o inesperado apoio do treinador é um grande trunfo para o dirigente portista.
“Foi muito surpreendente, vai em sentido contrário com as declarações de Conceição, que dizia que esta questão ficava a porta do Olival, que a cabeça estava apenas concentrada no futebol. O que é certo é que não foi assim, a emoção prevaleceu. Conceição apresentou apoio a Pinto da Costa e penso que este apoio será muito importante”.