O Benfica apurou-se para os oitavos de final da Liga Europa com o empate em Toulouse, aproveitando a vantagem curta que construiu na Luz, na primeira mão. João Neves voltou a ser muito importante para a equipa, num dia em que jogou sob um terrível peso emocional.
Na madrugada da última segunda feira, João perdeu a mãe, vitima de cancro. E no dia a seguir ao funeral, o médio de 19 anos resolveu viajar com a equipa para França, a Toulouse, onde o Benfica lutava para continuar nas competições europeias.
Na véspera do duelo, o treinador Roger Schmidt não sabia se o jovem médio estaria em condições de jogar. Mas João Neves fez questão de subir ao relvado e de ir a jogo. Com uma braçadeira negra, em homenagem à mãe, voltou a ser um dos melhores em campo.
Apesar do momento dificil, foi mais uma vez um guerreiro que nunca deu uma bola como perdida. A grande entrega, a capacidade técnica e a inteligência voltaram a ser qualidade destacadas e apreciadas por todos os benfiquistas, que no final, depois do empate sem golos e com o objetivo cumprido, aplaudiram.
João Neves acabou em lágrimas e foi confortado por António Silva, que há poucos dias também perdeu o avô.
"Afeta toda a equipa e a preparação não foi muito fácil, nem normal como num outro jogo. Tenho grande respeito pelos dois jogadores, por terem jogado este jogo difícil, completamente centrados", afirmou o treinador Roger Schmidt, depois do encontro.