Sete anos e 11 títulos depois, Sérgio Conceição está em vias de fechar o ciclo no FC Porto. Chegou pela mão de Pinto da Costa a 8 de junho de 2017 e é na despedida do histórico dirigente, que sempre o acompanhou, que também sai de cena.
O treinador de 49 anos cumpriu ao comando do FC Porto 378 jogos, ultrapassando o mítico José Maria Pedroto, com quem é frequentemente comparado.
Em Portugal venceu tudo o que havia para vencer. Três campeonatos nacionais, quatro Taças de Portugal, três supertaças e uma Taça da Liga. É o treinador mais titulado do clube 'azul e branco'.
Acabou com um jejum de quatro anos do Porto e impediu o pentacampeonato do rival Benfica. Na primeira época no Dragão foi logo campeão, em contexto de fair-play financeiro, em que recorreu a jogadores que estavam emprestados para compor a equipa.
Foi aliás sempre condicionado pelos problemas financeiros do clube que o obrigaram a muita contenção nos mercados de transferências e a uma grande ginástica na gestão do balneário.
Entre poucas compras e muitos lesionados usou o Olival para reforçar a equipa principal. Lançou mais de 20 jogadores da formação, entre eles Vitinha, Fábio Vieira e Fábio Silva que estão entre as vendas mais caras do clube da Invicta.
A dois dias das eleições do clube portista renovou contrato, afirmando-se como trunfo eleitoral mas não evitou uma derrota histórica de Pinto da Costa.
Para muitos, Sérgio Conceição personifica a identidade portista. Pelo estilo, pela personalidade e pela intensidade que o caracteriza.
No último título não escondeu as emoções, igual a si próprio com excessos, lágrimas e até na celebração icónica com que se despede.