A saída de Carlos Sainz da Scuderia Ferrari para dar lugar ao sete vezes campeão do mundo, Lewis Hamilton, chocou o mundo da Fórmula 1. Mas o anúncio da equipa para onde irá o piloto espanhol também não ficou atrás. A partir do próximo ano, Carlos Sainz será oficialmente piloto da equipa Williams, pelo menos entre 2025 e 2026, que está atualmente em penúltimo lugar no Campeonato de Construtores com apenas quatro pontos.
Nos últimos meses, Carlos Sainz foi apontado como futuro piloto de equipas como a Red Bull, Mercedes ou a Alpine mas era a atual Sauber (futura Audi) quem dominava a lista de candidatos. Entre rumores e especulações, o piloto espanhol trocou as volta aos fãs e meios de comunicação e acabou por optar pela equipa que ninguém esperava - a Williams.
Muitos encaram esta ida para a equipa britânica como "a pior decisão" e o principio da "ruína" do próprio piloto. No entanto, a Williams nem sempre foi uma equipa que se contenta com os últimos lugares do campeonato ou com pilotos "medianos".
São mais de 40 anos de história na Fórmula 1, nove vitórias em Campeonatos de Construtores e sete Campeonatos de Pilotos com Alan Jones, Keke Rosberg, Nelson Piquet, Nigel Mansell, Alain Prost, Damon Hill e Jacques Villeneuve, o último a levar a Williams à glória.
"Estou extremamente orgulhoso de me juntar a uma equipa tão histórica e bem-sucedida, onde muitos dos meus heróis de infância pilotaram no passado e deixaram sua marca no nosso desporto. O objetivo final de trazer a Williams de volta para onde ela pertence, na frente do grid, é um desafio que abraço com entusiasmo e positividade", referiu Sainz recordando o legado da Williams.
Embora o brasileiro Ayrton Senna seja quase sempre relembrado pelo seu percurso na McLaren, foi ao volante do monolugar da Williams que o piloto sofreu o acidente que lhe viria a tirar a vida.
Sainz na Williams era a peça que faltava para resolver o puzzle
Durante o Grande Prémio de Espanha, o piloto Kevin Magnussen confessou que era o piloto Carlos Sainz quem estava a "impedir" que os restantes pilotos anunciassem a sua permanência (ou não) na Fórmula 1. Os rumores no paddock de que o piloto espanhol poderia vir a fazer parte de "quase" todas as equipas do grid,impossibilitava as negociações com os restantes pilotos.
Com a confirmação de que o piloto espanhol fará parte da Williams restam apenas quatro vagas por preencher na Mercedes, Alpine, Racing Bulls e Sauber. Recentemente, o piloto Kevin Magnussen confirmou a sua saída da Haas para dar lugar ao francês Esteban Ocon.
Nas últimas semanas aumentaram também os rumores de uma possível troca dentro da Red Bull após a pausa de verão. A falta de resultados apresentados por Sergio Pérez apontava para uma saída "forçada" do mesmo. Esta segunda-feira, de acordo com o alemão "The Telegraaf", Christian Horner terá confirmado que o piloto mexicano irá permanecer na equipa austríaca.
No ano passado, Pérez terminou o Campeonato Mundial de Pilotos em 2.º lugar e está agora em 7.º e a 146 pontos do seu colega de equipa, Max Verstappen, que lidera a tabela de pontuação. O australiano Daniel Ricciardo era o favorito na corrida para ocupar a vaga deixada por Sergio Pérez.
Será este o adeus (oficial) de Logan Sargeant na Fórmula 1?
Se Carlos Sainz perdeu a sua vaga na Ferrari para dar lugar a Lewis Hamilton, com a sua ida para a Williams o mesmo aconteceu com Logan Sargeant. Depois de se estrear na Fórmula 1 em 2023, o piloto norte-americano sempre esteve entre a "espada e a parede".
Constantemente em último lugar nas corridas e com vários acidentes no currículo ao volante do monolugar da Wiiliams, Logan Sargeant não conseguiu convencer o seu chefe, James Vowles, a dar-lhe uma 3.º oportunidade para mostrar resultados.
A sua saída da equipa não chegou a ser confirmada, tendo sido apenas substituída pela confirmação de Carlos Sainz para o seu lugar. Com inúmeros candidatos para as últimas vagas no grid, o mais provável é que este seja mesmo o último ano de Logan Sargeant na Fórmula 1.
A partir de 2025 o futuro da Williams estará nas mãos de Alex Albon e Carlos Sainz que, segundo James Vowles, têm a experiência necessária para levar a equipa de volta às vitórias.
"Carlos juntar-se à Williams é uma forte declaração de intenções de ambas as partes. Carlos demonstrou repetidamente que é um dos pilotos mais talentosos do grid, com pedigree vencedor de corridas".
“Com Alex [Albon] e Carlos [Sainz], teremos um dos mais formidáveis 'line-ups' de pilotos do grid e com enorme experiência para nos guiar para as novas regulamentações em 20262, acrescentou James Vowles, chefe da Williams.
[Última atualização às 21h30]