“Roxo é para vestir, nunca para marcar na pele” é o lema da nova campanha da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) que dá pelo nome Stop The Purple e chamou a atenção do Futebol Clube do Porto.
Assim nasceu uma camisola especial, que as jogadoras da equipa feminina vão envergar no jogo com o Leixões,marcado para este domingo, véspera do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres.
Entre 2022 e 2023, a APAV apoiou 32 pessoas do sexo feminino por dia, a maioria mulheres adultas, 15% crianças, 10% pessoas idosas.
"Tivemos a palestra com a senhora da APAV, que nos disse que cerca de 30 mulheres por dia recorriam à Associação, o que me deixou um pouco chocada. Não fazia ideia que eram tantas. (…) Como mulher, quero apelar a que as mulheres que passam por isto ou no seu dia-a-dia têm situações de violência doméstica que peçam ajuda. Não conseguimos controlar a ação do agressor mas podemos controlar a nossa ação", partilha uma jogadora do FC Porto.
A ação pode e deve passar pelo pedido de ajuda e a APAV disponibiliza uma linha gratuita e confidencial de apoio à vítima. É também importante conhecer os sinais do que se pode vir a tornar uma situação de violência.
“É importante que as pessoas estejam atentas à limitação da liberdade. O controlar é transversal a muitas das situações de violência, mas também a situação em que a pessoa menospreza ou desvaloriza a vítima. Diz que não é capaz de fazer nada”, apela Carla Ferreira da APAV.