Nas bancadas do Dragão, o clássico foi tudo menos um espetáculo desportivo. Uma tocha atirada por adeptos benfiquistas atingiu a bancada onde estavam adeptos do FC Porto, incluindo crianças, e minutos depois, uma das claques portistas envolveu-se em confrontos com a polícia, que chegou a disparar balas de borracha.
Nos minutos finais da primeira parte, a força de intervenção foi chamada à bancada norte do estádio do Dragão. Aos confrontos com elementos da claque Coletivo 95, a polícia respondeu com o disparo de balas de borracha.
A ação da polícia já foi criticada pela Associação Portuguesa de Defesa do Adepto, que pediu a intervenção da Inspeção-Geral da Administração Interna, por considerar que os disparos à queima-roupa foram desproporcionais e perigosos, colocando em causa a integridade física dos adeptos.
A ira da claque portista terá sido motivada pelo que aconteceu minutos antes, na zona reservada à equipa visitante.
Os adeptos do Benfica entoaram insultos ao antigo presidente Pinto da Costa, rebentaram petardos e acenderam várias tochas, com as quais incendiaram uma tarja do FC Porto.
Pelo menos uma tocha ultrapassou a rede de proteção e caiu na bancada inferior, onde estavam adeptos da casa, incluindo famílias com crianças.
Imagens de violência nas bancadas, ao mesmo tempo que no relvado decorria um clássico do futebol português.