Desporto

Desmantelado esquema de venda fraudulenta de bilhetes para os jogos do FC Porto no Dragão

Um associado dos 'dragões' montou um esquema que envolvia 40 lugares anuais do Estádio do Dragão e bilhetes de sócio. Só no primeiro jogo dos 'azuis e brancos' no campeonato, frente ao Vitória SC, terá rendido cerca de 50 mil euros.

Desmantelado esquema de venda fraudulenta de bilhetes para os jogos do FC Porto no Dragão
Diogo Cardoso/Getty Imagens

O MaisFutebol apurou que, desde o início da presente temporada, foram detetadas dezenas de lugares anuais do Estádio do Dragão que serviam para a revenda ilegal de ingressos para cada jogo em casa e ainda 300 bilhetes destinados a associados, que eram comercializados em plataformas alternativas.

O esquema, que era liderado por um sócio do clube, consistia na utilização de dados de outros associados do clube para a compra de 40 bilhetes de época. 

Como estava na posse de várias dezenas de lugares anuais, o mentor da fraude vendia-os como se de bilhetes normais se tratassem em todos os jogos em casa, através de plataformas online de revenda de ingressos. Para além disso, transacionava ainda bilhetes de sócio avulso. 

A mesma fonte detalha que esta atividade criminosa foi levada a cabo durante os três primeiros encontros do FC Porto da época disputados no Dragão. 

Para além deste, as autoridades puseram termo a um outro esquema que envolvia duas empresas de fachada, igualmente com o intuito de vender bilhetes de forma ilegal. 

Apesar de as autoridades terem agido agora, o FC Porto já acompanhava esta situação há alguns meses, juntamente com a Polícia de Segurança Pública.  

Bilhetes vendidos a 600 euros

O MaisFutebol explica que as vítimas eram, maioritariamente, emigrantes e turistas, que acabavam por ser barrados à entrada do recinto desportivo pela PSP por não apresentaram dados pessoais coincidentes com os que constavam nos bilhetes. 

Só no jogo da ronda inaugural do campeonato, frente ao Vitória SC, alguns bilhetes provenientes deste esquema foram vendidos a 600 euros. Só nesta jornada, o autor do método criminoso terá feito cerca de 50 mil euros.  

Os ‘dragões’ vão, agora, enviar os dados recolhidos para o Ministério Público e, a nível interno, o caso será analisado pelo Conselho Fiscal e Disciplinar, que decidirá as consequências que serão aplicadas aos envolvidos. 

Irá também reaver os 40 lugares anuais e, de seguida, disponibilizá-los aos sócios que permanecem em lista de espera.  

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