Os espanhóis levaram a melhor sobre os ingleses na terceira final da Champions que disputaram entre si. Mas foi o Real Madrid que conquistou o troféu, o 14.º da história do clube, com um golo de Vinícius Júnior no arranque da segunda parte. Um encontro que ficou marcado por uma invasão de adeptos que atrasou em meia hora o início do jogo no Stade de France, nos arredores de Paris.
O golo que permitiu aos “merengues” vencer a final da Liga dos Campeões foi marcado pelo brasileiro Vinicius Júnior, aos 59 minutos, numa das raras vezes – exceção feita aos últimos 10 minutos, quando o Liverpool arriscou tudo e passou a defender com dois defesas – em que conseguiu libertar-se da ‘camisa de forças’ em que a equipa inglesa o colocou e conquistar espaço para a jogada crucial do jogo.
As estatísticas não mentem e provam isso mesmo. O Liverpool chegou ao fim da partida com quase o triplo dos ataques (70 contra 24) do Real Madrid, com 23 remates à baliza, contra apenas quatro do seu adversário, criou inúmeras oportunidades de golo, que foram sendo travadas pela figura do jogo: o guarda-redes belga Courtois.
A Liga dos Campeões, cujo encontro começou com mais de meia hora de atraso, foi conquistada pelo Real Madrid de Carlo Ancelotti graças a um golo solitário de Vinícius Júnior aos 59′ minutos. Com esta vitória, os ‘merengues’ sagraram-se campeões europeus de futebol pela 14.ª vez depois dos triunfos em 1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1966, 1998, 2000, 2002, 2014, 2016, 2017 e 2018.
No ranking dos vencedores, o Real Madrid, que só perdeu três finais (1962, 1964 e 1981) e venceu as últimas oito, passou a somar o dobro das ‘orelhudas’ do AC Milan, segundo do ranking, com sete, mais uma do que Liverpool e Bayern Munique.
“Razões de segurança” atrasaram pontapé de saída
O início da final da Liga dos Campeões foi adiado em mais de meia hora, por “razões de segurança”, comunicou a UEFA. E que razões eram essas? Vídeos partilhados nas redes sociais mostravam grupos numerosos de adeptos a tentar ‘furar’ os controlos de bilhética e segurança em torno do Stade de France.
A Associated Press reportou a presença de adeptos sem bilhetes envolvidos em confrontos com os ‘stewards’ do estádio, presenciando ainda longas filas de adeptos dos ‘reds’.
À hora do apito inicial originalmente programado para as 21:00 (20:00 de Lisboa), vastas áreas das bancadas estavam ainda vazias, num Stade de France com capacidade para 80 mil pessoas.
Dois históricos na Champions
Há 41 anos, em 1981, os dois emblemas já se tinham defrontado pela primeira vez numa final da Taça dos Campeões Europeus, curiosamente em Paris, onde o Liverpool venceu por 1-0 e arrecadou uma das seis ‘orelhudas’ do seu historial, sendo que a última foi erguida na ‘ressaca’ de Kiev, em 2019, depois de uma final diante do Tottenham, em Madrid.
Hoje, em Saint-Denis, estiveram frente a frente dois dos clubes que mais vezes venceram a competição e que mais vezes participaram na final, com o Real Madrid a atingir a sua 17.ª decisão e o Liverpool a 10.ª.
Depois de vencer o Grupo D, superiorizando-se a Inter Milão, Sheriff e Shakhtar Donetsk, o Real Madrid ultrapassou na fase a eliminar o Paris Saint-Germain, Chelsea e Manchester City, garantindo nova presença no jogo decisivo.
Já o Liverpool, venceu o Grupo B, na frente de Atlético Madrid, FC Porto e AC Milan, batendo depois o Inter Milão, Benfica e Villarreal.
