Economia

CGTP e UGT comemoram 1 de Maio com objectivos diferentes face ao cenário de crise

As centrais sindicais CGTP e UGT assinalam hoje o 1. de Maio separadas e com objectivos diferentes face ao actual cenário de crise económica e social.

A Intersindical pretende que o Dia do Trabalhador não seja apenas de festa, mas que se torne também "num grande dia de luta" contra o desemprego e a precariedade, a redução dos salários, a pobreza e as desigualdades.



Já a UGT quer que a data seja para festejar, sem deixar cair a defesa do emprego e dos salários.



As comemorações da inter decorrem em mais de 40 localidades, com 93 iniciativas, mas o ponto alto do dia ocorre na capital com o tradicional desfile entre o Martim Moniz e a Alameda, onde o secretário-geral, Manuel Carvalho da Silva, fará uma intervenção político-sindical.



Sob o lema "é tempo de mudar, com a luta de quem trabalha", a CGTP pretende aproveitar a data para assinalar os 120 anos do 1. de Maio e os 40 anos da Intersindical.



A UGT decidiu assinalar o dia do Trabalhador com uma manifestação nacional - entre o Marquês de Pombal e os Restauradores, onde o seu secretário-geral, João Proença, falará sobre a situação sócio-económica do país.



É espectável que os líderes das duas centrais abordem nas suas intervenções os cenários sócio-económicos decorrentes da especulação internacional que tem sido feita ao longo da última semana.



Tradicionalmente a UGT comemorava o 1. de Maio junto à Torre de Belém, em ambiente de festa, apostando na actuação de cantores portugueses, mas há dois anos iniciou-se nos desfiles e os seus sindicatos gostaram da experiência.



Há 120 anos os trabalhadores de Chicago lutaram pela 8 horas de trabalho diário e sofreram forte repressão policial.



A violenta repressão, a justeza das reivindicações destes trabalhadores e os reflexos que tiveram a nível internacional levaram à declaração do dia 1 de Maio como o Dia Internacional dos Trabalhadores, que só pôde ser comemorado em Portugal a partir de 1974.





Lusa