Economia

Extinção da Parque Expo deixa 161 pessoas no desemprego

A Parque Expo, em processo de extinção, vai eliminar 161 empregos até 2013, como consta de documentação do conselho de administração entregue à comissão de trabalhadores, a que a Agência Lusa teve acesso.

Os vínculos laborais serão extintos através da rescisão de contratos por mútuo acordo ou do recurso ao despedimento coletivo.

Serão extintos 82 postos de trabalho até ao fim de 2012 e 79 em 2013, ano em que fica concluída a extinção do grupo empresarial, que gere nomeadamente os programas de reabilitação urbana e ambiental das frentes ribeirinhas, conhecidos como Polis.

A extinção da Parque Expo, que segue diretrizes do Governo, é justificada  pela sua "inviabilidade económica e financeira" e por "parte das suas funções  ser removida da esfera pública e outra parte atribuída à administração direta  ou indireta do Estado". 

Com esta medida, a gestão urbana do Parque das Nações transita para  as Câmaras de Lisboa e de Loures, sendo que a transferência "está associada  à urgente regularização das dívidas" dos dois municípios. 

O plano de alienações das empresas do grupo, que exclui a do Oceanário  de Lisboa, que "poderá ser transferido para o Estado", integra a Marina  do Parque das Nações e a Gare Intermodal de Lisboa, que explora a Gare do  Oriente, que será entregue à Refer - Rede Ferroviária Nacional. 

A Parque Expo, que extinguirá a sucursal de Angola no primeiro semestre  do próximo ano, vai vender também as participações financeiras nas empresas  Atlântico (pavilhões Atlântico e de Portugal), Blueticket (venda de bilhetes)  e Telecabine (teleférico). 

Serão ainda extintas as empresas Parque Expo Desenvolvimento do Território  (projetos de reabilitação urbana), Pólo das Nações (reparação de edifícios)  e ExpoBi 2 (compra, venda e arrendamento de imóveis), esta última a concretizar  até ao fim deste ano. 

O plano de reestruturação foi entregue à comissão de trabalhadores a  07 de dezembro. 

      Lusa