Em causa está a alteração do Código de Trabalho que reduz para metade o valor pago pelo trabalho em dias feriado.
Pelo mesmo motivo, o Sindicato Nacional dos Motoristas convocou também uma greve ao trabalho suplementar e aos dias feriados que tem início às 00:00 de terça-feira e termina a 31 de março e que abrange todas as empresas de transporte rodoviário de passageiros e mercadorias no país.
Esta é a continuação da luta que aqueles trabalhadores iniciaram em agosto passado, quando foi aprovada a alteração ao Código de Trabalho.
A exceção vai para os trabalhadores dos STCP, que cumprem greve apenas aos dias feriados.
"Estamos contra a redução do pagamento do trabalho em dia feriado e a redução do valor do trabalho suplementar", disse à Lusa Jorge Costa, daquele sindicato.
Os funcionários contestam também a "recusa das empresas em negociarem qualquer matéria que vise a compensação dos trabalhadores" pela perda salarial, acrescentou.
A Soflusa também se junta à luta com uma greve nos três primeiros dias do ano.
Em comunicado, a empresa indica que na terça-feira a ligação entre o Barreiro e o Terreiro do Paço (Lisboa) não acontece entre as 05:00 e as 09:40 e depois entre as 16:55 e as 19:40.
Em sentido contrário, as ligações deixam de ser efetuadas entre as 05:25 e as 10:10 e, no período da tarde, entre as 17:25 e as 20:05.
Nos dias 02 e 03 de janeiro, a Soflusa não fará ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa entre as 05:00 e as 09:40 e entre as 16:00 às 18:55.
Do Terreiro do Paço para o Barreiro, os passageiros deixam de dispor de barcos entre as 05:25 e as 10:10 e entre as 15:55 e as 19:20.
A empresa avisa também que não vão ser disponibilizados transportes alternativos mas que os títulos de transporte da Soflusa são válidos em todas as ligações da Transtejo, mediante validação junto de cada chefe de terminal.
Os maquinistas do Metro Transportes do Sul cumprem greve a 01 e 02 de janeiro e mantém a greve às horas extraordinárias até 15 de janeiro.
Aqueles trabalhadores defendem a negociação do acordo de empresa, de modo a terem o pagamento de subsídios de transporte e de refeição, e reclamam ainda alterações nas escalas de serviço e melhores condições de segurança.
Também na CP foi convocada greve para terça-feira, tendo a empresa alertado que não haverá serviços mínimos.
A CP prevê assim "a não realização da maioria dos comboios neste dia, bem como perturbações na circulação durante todo o dia 31 de dezembro e na manhã de 02 de janeiro".
Os trabalhadores da CP, da CP Carga e da Rede Ferroviária Nacional contestam também a alteração do Código de Trabalho que reduz para metade o valor pago pelo trabalho em dias feriado e reclamam ainda a atualização dos salários.
Lusa