Economia

CGTP e UGT reúnem-se para debater ação contra austeridade

A CGTP e a UGT reúnem-se hoje, naquele que é o primeiro encontro entre as duas centrais sindicais desde a eleição do novo secretário-geral, Carlos Silva, para discutirem a convergência na ação contra as políticas de austeridade.

Jose Sena Goulao

No entanto, a véspera do encontro entre as duas estruturas sindicais,  que estavam até ao momento de costas voltadas devido a divergências resultantes  da assinatura do acordo de Concertação Social pela UGT - e que deixou de  fora a CGTP - ficou marcada pelas declarações de Arménio Carlos. 

Na quarta-feira, o secretário-geral da CGTP afirmou lamentar que a UGT  esteja a "lançar gasolina para a fogueira", em vésperas de uma reunião que  devia ser de "unidade na ação" contra as políticas do Governo. 

Arménio Carlos reagia às declarações de Carlos Silva, que, em declarações  à Lusa, indicou que a reunião pedida à Intersindical para apresentação de  cumprimentos da sua nova equipa devia ser uma "ocasião para trocar impressões  sobre a atualidade e para apelar à unidade na ação, mas com respeito mútuo",  numa referência aos apupos e assobios dirigidos na segunda-feira aos dirigentes  da Federação Sindical da Administração Pública (FESAP, afeta à UGT), quando  estes saíram do Ministério da Finanças. 

Carlos Silva, que foi eleito no XII congresso da UGT, que se realizou  em Lisboa a 20 e 21 de abril, tem defendido a necessidade de unidade na  ação com a CGTP e os seus sindicatos para melhor defesa dos direitos e interesses  dos trabalhadores. 

O encontro entre as duas centrais sindicais realiza-se na sede da CGTP,  no âmbito de uma ronda de contactos que a UGT está a fazer com os partidos,  parceiros sociais e órgãos de soberania para lhes dar conta das conclusões  do congresso da central.