Economia

Passos Coelho garante que haverá convergência das pensões que estão em pagamento

O secretário-geral do PS exigiu hoje saber se a convergência entre os sistemas de pensões se fará com caráter retroativo e o primeiro-ministro respondeu que a convergência se fará com as pensões em pagamento.

JOAO RELVAS

O corte nas reformas de pensionistas, quer por via da convergência  de sistemas, quer por intermédio da aplicação de uma nova taxa, foi o tema  mais polémico no debate travado entre António José Seguro e Pedro Passos  Coelho na Assembleia da República. 

Por três vezes, o líder socialista pediu que Pedro Passos Coelho esclarecesse  como tenciona cortar cerca de 700 milhões de euros na despesa com pensões  no âmbito da convergência entre as reformas da Caixa Geral de Aposentações  e da Segurança Social. 

António José Seguro pretendia assim que o primeiro-ministro lhe dissesse  se haveria cortes nas reformas dos pensionistas, ou seja, que a medida teria  efeitos retroativos. 

O primeiro-ministro esclareceu então que a convergência entre sistemas  de pensões está feita desde 2005. 

"Estamos a falar da convergência das pensões que estão em pagamento",  disse, motivando então protestos nas bancadas da oposição. 

O secretário-geral do PS reagiu imediatamente, advertindo o líder do  executivo que os socialistas consideram essa medida "inaceitável" e que  têm mesmo sérias dúvidas sobre a sua constitucionalidade. 

"O senhor primeiro-ministro terá o PS pela frente", acentuou Seguro.

Lusa