Economia

Poiares Maduro diz que exemplo da Irlanda confirma ser fundamental recuperar acesso aos mercados

O ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional  considerou hoje que o exemplo da Irlanda confirma que "é fundamental para  um país recuperar o acesso aos mercados", sublinhando a importância do "compromisso  com as obrigações" assumidas com os parceiros internacionais. 

JOSE COELHO

Em declarações aos jornalistas no final do seminário "Cultura 2020 -  capital criativo, capital humano, capital social", Miguel Poiares Maduro  foi questionado sobre as alterações ao Orçamento do Estado de 2014 apresentadas  pela maioria PSD/CDS-PP, tendo rejeitado antecipar-se "à discussão que ainda  tem que ser terminada na Assembleia da República". 

"É fundamental, e acho que os portugueses hoje em dia estão conscientes  disso mesmo - o exemplo da Irlanda confirma isso - que é fundamental para  um país recuperar o acesso aos mercados e isso, por sua vez, também é fundamental  para nós continuarmos a recuperar economicamente, de forma sustentada. É  fundamental o compromisso com as obrigações que assumimos com os nossos  parceiros europeus e parceiros internacionais", sublinhou. 

Reiterando que "este é um orçamento difícil mas é um orçamento fundamental  para o país concluir com sucesso o seu programa de assistência económico-financeira",  Miguel Poiares Maduro considerou que hoje, em Portugal, a discussão já é  sobre a forma como o país vai concluir o programa e aceder aos mercados.

"Sendo um orçamento difícil, um orçamento com margem estreita, é um  orçamento fundamental para recuperarmos o acesso ao mercado e para continuarmos  de forma sustentada a recuperação económica que iniciamos", enfatizou. 

Interrogado sobre as eventuais questões que podem vir a ser levantadas  junto do Tribunal Constitucional ou relativas à execução orçamental, o ministro  disse não antecipar "cenários desse tipo".  

"Do ponto de vista constitucional, fizemos todo o esforço e desenhamos  as medidas, atendendo à experiência constitucional anterior do tribunal,  para eliminar qualquer receio de inconstitucionalidade das medidas mas se  o tribunal for chamado a pronunciar-se sobre elas, é o tribunal que tem  essa última competência para decidir o que é constitucional ou não no nosso  regime democrático e constitucional", garantiu. 

Lusa