"Nesta altura (8:30), a greve está a decorrer muito bem, com os trabalhadores, à semelhança daquilo que têm sido todas as lutas no Metropolitano, a aderirem dentro dos números operacionais", adiantou Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
Esses números apontam que "os trabalhadores estão parados a cerca de 100%", sublinhou Anabela Carvalheira, ressalvando que ainda não tem os dados totais da adesão à greve.
Sobre as razões da paralisação de hoje, a sindicalista adiantou que vêm "no seguimento de todas as lutas" que os trabalhadores têm feito "em defesa da contratação coletiva" e dos seus direitos, mas também "em defesa da empresa, enquanto empresa pública do setor dos transportes ao serviço das populações".
"É (uma greve) contra todas estas medidas gravosas que têm atingido todos os trabalhadores em geral, mas os trabalhadores do setor empresarial do Estado muito em particular", sublinhou Anabela Carvalheira.
Deu como exemplo o decreto-lei 133 que vai entrar em vigor no dia 03 de dezembro e "visa abrir a porta à concessão da empresa" e a proposta do Orçamento do Estado, que "uma vez mais atinge deliberadamente os trabalhadores".
Quanto à reação dos utentes a mais uma greve do metro, Anabela Carvalheira disse que, apesar de considerarem que uma paralisação "causa sempre um incómodo", compreendem "as razões da luta" dos trabalhadores.
O Metropolitano de Lisboa previu em comunicado a suspensão da circulação entre as 06:30 e as 09:30, admitindo que pelas 10:00 o serviço esteja normalizado em todas as linhas.
No comunicado, o Metropolitano acrescentou que o Conselho de Administração da empresa "reitera o seu empenho na prossecução das medidas necessárias que garantam a sustentabilidade e a qualidade do serviço de transporte que o ML disponibiliza diariamente aos seus cerca de 500.000 clientes".
A greve está marcada para o período entre as 05:30 e as 09:30 para a generalidade dos trabalhadores e entre as 08:00 e as 12:30 para os trabalhadores administrativos e técnicos superiores.
Lusa