Economia

Governo ia baixar IVA na restauração se 'troika' aceitasse mudar défice, diz CDS-PP

O deputado do CDS-PP João Almeida garantiu hoje que se o Governo tivesse conseguido flexibilizar a meta do défice orçamental do próximo ano de 4% para 4,5%, teria baixado o IVA na restauração de 23% para 13%.

ANTONIO COTRIM

"Se havia prioridade na meta do défice que foi defendida era baixar  o IVA da restauração, e se neste momento o IVA na restauração não baixa  neste orçamento é porque o Governo não conseguiu o limite de défice que  queria, porque se tivesse o limite do défice que queria tinha baixado o  IVA na restauração", afirmou o deputado. 

João Almeida, que falava durante o último período de votações em plenário  de artigos avocados da especialidade, entrou no debate promovido pela oposição  da redução da taxa do IVA na restauração. 

O deputado do CDS-PP afirmou ainda que foi o PS que inscreveu no memorando  da 'troika' uma receita com a reestruturação de taxas de IVA de 400 milhões  de euros, mas sem especificar. 

O PS, através de João Galamba, acusou o CDS-PP de enganar os portugueses,  de não conseguir assumir responsabilidade pelas medidas, e lembrou que as  medidas no âmbito do IVA impostas pelo Governo em 2012 tinham receita estimada  na ordem dos 2 mil milhões de euros, muito superior ao previsto no memorando.