Economia

Metro de Lisboa de novo em greve

O Metropolitano de Lisboa volta a cumprir um período de greve esta manhã. É já a terceira greve parcial este mês contra as medidas do Orçamento do Estado.

(Lusa/Arquivo)
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"A adesão é total, as estações estão fechadas", avançou a representante  da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans). 

"Nesta altura, cerca das 07:00, , os níveis de adesão são exatamente  iguais aos das greves anteriores", acrescentou, sublinhando que os trabalhadores  estão a lutar por "aquilo que são os seus direitos", mas também "pela prestação  do serviço público que nesta altura está em causa". 

De acordo com a sindicalista, o Metropolitano tem prestado "um mau serviço  público", tendo esta semana registado várias paragens devido a problemas  técnicos causados por falta de manutenção. 

"Tem havido paragens por questões de falta de manutenção do material  circulante e falta de efetivos", referiu a representante da Fectrans, indicando  que "ainda ontem  na quarta-feira, essa falta de manutenção fez com que  a linha amarela estivesse parada desde manhã até às 17:30". 

"O Metro e o Governo preocupam-se que, quando há dias de greve, não  é prestado serviço público e o que nós dizemos é que a nossa luta é pela  prestação do serviço público em condições", concluiu. 

Os trabalhadores do Metro de Lisboa cumprem hoje uma greve parcial,  entre as 05:30 e as 09:30, a terceira paralisação deste mês contra as medidas  do Orçamento do Estado, devendo a circulação ser normalizada a partir das  10:00 em todas as linhas. 

Durante este período, a rodoviária Carris reforça algumas das suas carreiras  coincidentes com os eixos servidos pelo metropolitano, nomeadamente as 726  (Sapadores-Pontinha Centro), 736 (Cais do Sodré-Odivelas), 744 (Marquês  de Pombal-Moscavide) e 746 (Marquês de Pombal-Estação Damaia). 

Os trabalhadores do Metro realizaram na semana passada (terça e quinta-feira)  duas outras greves parciais, que levaram ao encerramento das estações. 

Entre os motivos para estas paralisações está o decreto-lei 133/2012,  que "pretende abrir as portas à concessão da empresa e, uma vez mais, reduzir  trabalhadores, reduzir os seus direitos e reduzir a sua remuneração", afirmou  a sindicalista Anabela Carvalheira. 

Os funcionários do Metropolitano de Lisboa contestam também as propostas  do Orçamento do Estado para 2014, que "visam uma vez mais os trabalhadores  do setor empresarial do Estado, com cortes brutais, encaminhando estes trabalhadores  para uma situação insustentável", acrescentou a sindicalista.