Economia

Inquérito aos Estaleiros de Viana deve ficar concluído até final da legislatura, diz Maria de Belém

A presidente da Comissão de Inquérito sobre  os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, a socialista Maria de Belém, afirmou  hoje haver um interesse geral em concluir os trabalhos até ao final da presente  sessão legislativa. 

MÁRIO CRUZ

Maria de Belém falava à agência Lusa após a primeira reunião da comissão  parlamentar de inquérito, que tem um prazo de funcionamento de 120 dias  e que decidiu hoje fixar a terça-feira como dia semanal para reuniões. 

Interrogada sobre a hipótese de esta comissão de inquérito concluir  os seus trabalhos em 120 dias, o prazo regimental estabelecido, Maria de  Belém recusou-se a dar uma garantia neste momento, "até porque pelo meio  há eleições europeias, o que poderá dar origem a uma interrupção de trabalhos".

No entanto, "havendo interrupção de trabalhos, esse tempo não contará (para o prazo regimental). Presumo que todos os partidos pretendem que a  comissão de inquérito se encontre concluída até ao final da sessão legislativa",  declarou a deputada socialista. 

Em relação ao calendário das reuniões, a presidente do PS referiu  que nas duas próximas terças-feiras não será possível realizar reuniões  face à existência de jornadas parlamentares, primeiro do PCP e depois do  PS. 

"Na reunião de hoje foi também apresentada uma proposta de regulamento  da comissão, tendo sido distribuída - e mereceu um acordo de princípio.  Os serviços da Assembleia da República vão distribuir já a versão final  para ser depois formalmente aprovada", salientou Maria de Belém. 

Já sobre a possibilidade de existir um questionário indicativo na comissão  parlamentar de inquérito, a ex-ministra socialista disse que essa solução  não será seguida "para haver maior liberdade dentro do objeto da comissão"  de inquérito. 

Em relação à escolha do relator dos trabalhos, a presidente da comissão  de inquérito afirmou que até à quinta reunião da comissão essa questão estará  resolvida. 

"Não há nenhum partido obrigatório  1/8para ficar com a função de relator 3/8,  mas o PSD/CDS tem maioria. No entanto, por proposta de um grupo parlamentar,  pode surgir o nome de um deputado de qualquer uma das bancadas, sendo aceite  mesmo não integrando a maioria", frisou. 

Ainda de acordo com a presidente da comissão de inquérito, a calendarização  das audições será feita em função das personalidades e entidades que os  deputados acertarem ouvir.  

"Cada grupo parlamentar ficou de indicar as personalidades e entidades  que propõe ouvir. Resolveremos em função da organização do trabalho da comissão",  acrescentou. 

Lusa