Economia

Défice de 2013 teria ficado nos 5,3% sem medidas extraordinárias

Se o Governo não tivesse tomado medidas extraordinárias, o défice de 2013 teria ficado nos 5,3% do PIB e os anunciados cortes na despesa não tiveram os efeitos previstos pelo Ministério das Finanças. As conclusões são do Conselho de Finanças Públicas e estão num relatório que foi divulgado hoje.

(Reuters/Arquivo)
© Jose Manuel Ribeiro / Reuters

O défice ajustado das medidas temporárias e  não recorrentes foi de 8.701 milhões de euros, ou 5,3% do Produto Interno  Bruto.

A equipa liderada por Teodora Cardoso analisou as contas públicas relativas ao ano passado e  chegou à conclusão que o ajustamento orçamental foi todo feito do lado das receitas e não do lado da despesa.

Os técnicos não conseguiram mesmo encontrar os resultados praticos dos cortes orçamentais. Pelo contrário, a despesa ajustada até aumentou , invertendo a tendência verificada nos dois anos anteriores.

O Conselho de Finanças considera que 2013 foi mesmo o ano de menor consolidação orçamental desde 2010.

Quanto à despesa pública, as conclusões também não são positivas: o peso da dívida pública sobre o PIB subiu de 124,1% para 129%.

A instituição sublinha que se trata de "um valor acima do previsto em todos os documentos de programação orçamental".