Economia

PSD apela ao consenso político em torno da reforma do Estado

O PSD apelou hoje aos partidos da oposição,  sobretudo ao PS, para um consenso em torno da reforma do Estado, considerando  ser a "única forma de levar a cabo e com sucesso este desígnio nacional".

PAULO NOVAIS

"A reforma do Estado é um processo contínuo e permanente que se vai  concretizando num horizonte de tempo alargado, introduzindo as melhorias  e as práticas que melhor servem os cidadãos. Por isso, não é de mais apelar  novamente aos consensos entre forças políticas e aos parceiros institucionais,  única forma de levar a cabo e com sucesso este desígnio nacional, que ultrapassa  o tempo de um mero círculo eleitoral", afirmou o vice-presidente do PSD  José Matos Correia. 

Em conferência de imprensa realizada na sede do PSD, José Matos Correia  sublinhou que a "linha de reformas estruturais iniciada por este Governo  não pode ser interrompida", destacando o documento final sobre a reforma  do Estado hoje aprovado em Conselho de Ministros. 

"A oposição, sobretudo o PS, partido habitualmente designado como do  arco da governação e que tem responsabilidades especiais na história da  nossa democracia, agora que se inicia um novo tempo da nossa vida coletiva,  tem uma vez mais a oportunidade de demostrar que é capaz de colocar os interesses  de Portugal e dos portugueses acima das disputas partidárias e das querelas  inúteis que objetivamente só prejudicam o país", disse o vice-presidente  do PSD. 

José Matos Correia adiantou que "o PS tem agora o dever histórico de  agir na oposição com o rigor e uma boa-fé que até agora nunca foi capaz  de demonstrar". 

O vice-presidente social-democrata destacou também o Conselho de Ministros  hoje realizado, considerando que o Governo demonstrou um "profundo sentimento  de Estado" ao prestar contas antes do dia de encerramento do programa de  assistência económica e financeira, a 17 de maio, "evitando, assim, qualquer  tipo de acusação de aproveitamento político da saída do programa". 

"Graças ao esforço dos portugueses fomos capaz de cumprir o programa  de assistência económico-financeiro e devolver rigor às contas públicas  e dar início a reformas estruturais em múltiplas áreas", disse. 

José Matos Correia acrescentou que, três anos após o programa de assistência,  "os portugueses vão agora começar sentir a progressão progressiva dos salários  e das suas pensões, melhorando os níveis de rendimento". 

No entanto, sustentou que "ainda há muito a fazer e "prudência e ponderação  vão continuar a ser a palavra-chave para o futuro dos portugueses". 

O vice-presidente do PSD apelou ainda ao PS para que realize uma campanha  eleitoral para as eleições europeias, que se realiza a 25 de maio, "limpa  sem azedumes e sem mentiras". 

Lusa